Nos últimos dias houve o lançamento da ideia de que o auxílio emergencial deveria ganhar mais duas parcelas de R$300. Apesar dessa ideia partir da equipe econômica do Governo é preciso votar e aprovar o pagamento dos valores adicionais.
No entanto, a ideia pode não sair do papel graças a divergências entre Câmara dos Deputados e Presidente.
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Entendendo o panorama
O auxílio emergencial foi concebido como o próprio nome diz, como uma medida de emergência para socorrer os brasileiros afetados pela pandemia.
A medida tem por objetivo que esses brasileiros sejam mantidos resguardados financeiramente durante a crise causada pelo covid-19.
Acontece que, a pandemia durou muito mais que o inicialmente previsto. Ocasionando um impacto bastante negativo para a economia nacional.
Justamente devido ao fato de que, as empresas precisaram fechar para combater o vírus. E aquelas que não conseguiram migrar para o online perderam sua fonte de faturamento.
Mesmo nesse cenário, as contas básicas das empresas continuam chegando e é preciso honrar a folha de pagamento, o que ocasionou demissões.
Nesse cenário, o auxílio emergencial entra como um apoio para aqueles que não tem renda formal ou estão em situação de vulnerabilidade social.
O auxílio custa aos cofres públicos
Com empresas fechadas e menor faturamento de impostos, a tendência é que o Governo também seja impactado em seus cofres pela pandemia.
Com menor arrecadação, é preciso ter muita análise de números para liberar esse benefício e outros incentivos que o Governo está disponibilizando para enfrentar o desemprego.
O objetivo é que o Governo apoie financeiramente as pessoas vulneráveis através desse auxílio emergencial. Mas também está oferecendo apoio financeiro para empresas evitarem a demissão em massa.
Esse conjunto de ações pesa nos cofres públicos que estão perdendo arrecadação de impostos diariamente.
Uma vez entendido esse aspecto, fica mais fácil compreender porque a extensão das duas parcelas de auxílio está causando polêmica.
Briga entre Presidente e Câmara dos Deputados
O Governo propôs que sejam pagas duas parcelas extras do auxílio no valor de R$300 cada. Em contrapartida, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende o pagamento de duas parcelas extras de R$600.
Valor que segundo o Presidente Jair Bolsonaro é inviável para os cofres públicos. E que mesmo se a Câmara decidir tentar negociar para aumentar o valor para R$ 400, R$500 ou até mesmo os R$ 600, o Presidente irá vetar.
O objetivo do veto é justamente que os cofres públicos sejam protegidos. Ao pagar as parcelas extras de R$300 o Governo consegue manter a dívida pública com um valor aceitável e proteger os mais vulneráveis.
Mas ainda segundo o Presidente, o pagamento de valores acima desses R$300 atrapalharia na gestão da dívida pública e da taxa básica de juros da economia (taxa Selic). O que coloca o país em risco de quebrar.
Para o Presidente, pagar o valor de R$300 é uma questão de responsabilidade com a população e com o Brasil, evitando endividar ainda mais o país.
Apesar de algumas cidades brasileiras já estarem voltado a normalidade, esse cenário não é o mesmo em todas as regiões do país.
Por isso, as parcelas extras do auxílio emergencial serviriam de grande apoio para os mais vulneráveis durante esse período de retomada econômica.
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Resta aguardar a votação
Até o momento, o que se sabe é que existe por parte da equipe econômica o entendimento da importância dessas parcelas adicionais. Mas também é preciso que os deputados entendam a situação e votem a favor da proposta.
Caso contrário, a briga política irá ocasionar o veto por parte do Presidente, acarretando no não pagamento das parcelas adicionais.
Esse cenário estabelece várias incertezas para a população que segue sofrendo com os efeitos da pandemia.
Infelizmente o desemprego é uma realidade com a qual o Brasil terá que lidar após o enfrentamento ao covid-19. A longa duração da pandemia em território nacional gerou problemas financeiros dos mais variados.
Grande parte da população está endividada e muitos aguardam os resultados dessa briga de poder entre Câmara dos Deputados e Presidente.
Muito embora pareça uma boa medida a ideia de manter o auxílio com valor integral por mais dois meses, ela não irá se concretizar por responsabilidade com a nação.
O objetivo agora é que a proposta da equipe econômica seja aprovada e todos possam ser beneficiados dessa decisão.