O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) implementou uma nova diretriz impactante para as famílias unipessoais beneficiárias do Bolsa Família, marcando um momento significativo na gestão dos programas sociais no Brasil.
A partir de março de 2024, uma medida estabelecida pela Portaria nº 911 limitou a 16% o total de recebedores unipessoais por município no âmbito do Bolsa Família, levando ao corte do benefício para muitas dessas famílias.
Este ajuste, visando corrigir distorções observadas entre outubro de 2021 e dezembro de 2022, resultou na exclusão de quase 800 mil famílias unipessoais desde setembro de 2023.
O critério de exclusão baseia-se na proporção de famílias unipessoais beneficiárias, com municípios que ultrapassam o limite estabelecido sendo impedidos de adicionar novos recebedores desse perfil. Essa regra reflete o esforço do governo para otimizar a distribuição dos recursos do Bolsa Família, garantindo que o auxílio chegue a quem mais precisa dentro dos parâmetros de equidade e justiça social.
Para reforçar a conformidade com os critérios do programa, as famílias unipessoais foram convocadas para uma atualização cadastral obrigatória, um passo crucial para clarificar sua situação residencial e assegurar a manutenção do benefício apenas para aqueles que efetivamente atendem às exigências do Bolsa Família.
Este processo de revisão e ajuste não somente afetou os beneficiários diretos, mas também teve um impacto significativo nos municípios. Em março, 3.312 cidades apresentavam uma taxa de beneficiários unipessoais acima do limite, número que reduziu para 3.189 em abril, evidenciando uma tendência de realinhamento às diretrizes estabelecidas pelo MDS.
O corte dos benefícios foi comunicado aos afetados através de mensagens SMS, explicando o motivo do bloqueio e reforçando a importância da aderência aos critérios do programa. Além disso, o governo destacou que a inscrição no Cadastro Único não implica recebimento automático do Bolsa Família, reiterando a natureza seletiva da concessão de benefícios com base na disponibilidade orçamentária e nos critérios definidos pelo programa.
Enquanto o governo prossegue com sua agenda de revisões no Bolsa Família, os pagamentos continuam sendo feitos, com o calendário de março se estendendo até o dia 28, oferecendo um valor médio de R$ 679 por família.
Para abril, os beneficiários podem esperar o início dos pagamentos no dia 17, com o valor específico sendo anunciado após a abertura da consulta em 5 de abril, marcando mais um capítulo na evolução do programa em resposta às dinâmicas socioeconômicas do país.