A redação do Enem é um dos momentos mais importantes do exame, já que pode definir a aprovação em cursos muito concorridos. Muitos candidatos sonham em alcançar a pontuação máxima, a famosa nota 1000. Para isso, é necessário atender de forma rigorosa aos critérios da avaliação, evitando erros comuns e estruturando bem o texto.
O Inep utiliza uma matriz com cinco competências, cada uma valendo até 200 pontos. Assim, para atingir os mil pontos, o estudante deve garantir excelência em todos os aspectos analisados. Isso envolve desde o domínio da norma culta da Língua Portuguesa até a elaboração de uma proposta de intervenção detalhada e viável. Entender esses critérios é o primeiro passo para construir um texto sólido e bem avaliado.
O que é avaliado na redação do Enem?
A redação segue o formato dissertativo-argumentativo, em que o candidato deve apresentar uma tese, desenvolver argumentos e concluir com uma solução para o problema apresentado no tema. Essa estrutura precisa ser respeitada, caso contrário, a nota pode ser bastante comprometida. Diferente de outros exames, o Enem exige ainda uma proposta de intervenção, que torna a avaliação mais criteriosa.
O desempenho do participante é medido em cinco competências: domínio da escrita formal, compreensão do tema, organização das ideias, consistência argumentativa e proposta de intervenção. Cada uma delas é avaliada de forma independente, mas juntas compõem o resultado final. A seguir, você verá detalhadamente o que é exigido em cada competência e como se preparar.
Domínio da norma culta
O primeiro critério avalia a capacidade do candidato de escrever em linguagem formal, sem recorrer a gírias, abreviações ou expressões típicas da oralidade. A ortografia correta, a pontuação adequada e a concordância gramatical são pontos essenciais. Mesmo pequenos deslizes podem comprometer o desempenho, já que a correção da linguagem é obrigatória para notas altas.
Além disso, é preciso demonstrar clareza ao expor ideias, evitando períodos longos e confusos. O avaliador valoriza frases objetivas e bem estruturadas, que mostrem segurança no uso da língua. O uso adequado de pronomes, tempos verbais e concordâncias contribui para a credibilidade do texto e ajuda a aproximar o candidato da nota máxima.
Compreensão do tema
Outro ponto crucial é atender integralmente ao tema proposto. A fuga total ou parcial, assim como o tangenciamento, pode reduzir drasticamente a nota. É importante ler com atenção o comando da prova e os textos motivadores, que servem de apoio, mas não devem ser copiados. O participante deve construir sua própria argumentação a partir deles.
O gênero solicitado também precisa ser respeitado. Como o formato exigido é o dissertativo-argumentativo, narrativas, descrições ou textos em primeira pessoa não se encaixam. O avaliador espera que o candidato apresente uma tese clara e consistente, desenvolvendo-a de forma lógica e coerente ao longo da redação.
Organização das ideias
A estrutura básica do texto deve seguir a sequência: introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução, é fundamental apresentar o tema e a tese, ou seja, a posição que será defendida. O desenvolvimento deve conter pelo menos dois parágrafos, cada um trazendo um argumento bem fundamentado, com dados, exemplos ou referências confiáveis.
A conclusão retoma a tese apresentada no início e encaminha para a proposta de intervenção. Para que a redação seja bem avaliada nesse aspecto, é essencial utilizar conectivos que promovam a coesão entre frases e parágrafos. Palavras como “portanto”, “além disso” e “por outro lado” ajudam a construir um texto fluido e bem articulado.
Argumentação consistente
O desenvolvimento é o espaço para demonstrar conhecimento de mundo e capacidade crítica. O Enem valoriza repertórios socioculturais legitimados, como dados do IBGE, artigos acadêmicos, filósofos, sociólogos, leis ou fatos históricos. A utilização desses elementos demonstra que o candidato tem base teórica sólida e consegue relacionar informações com o tema da prova.
É importante evitar argumentos genéricos ou baseados apenas no senso comum. Quanto mais fundamentado estiver o texto, maior será o impacto na avaliação. Outra dica é variar os repertórios, mostrando diversidade de fontes e evitando repetições. Isso fortalece a argumentação e aproxima o candidato da redação nota 1000.
Proposta de intervenção
A proposta de intervenção é um diferencial da redação do Enem. Ela deve apresentar uma solução detalhada e viável para o problema discutido no tema. Para ser considerada completa, precisa conter cinco elementos: ação, agente, modo/meio, finalidade e detalhamento. Esses itens devem aparecer de forma clara, integrados ao texto e respeitando os direitos humanos.
Um exemplo prático: se o tema for “Desafios da inclusão digital no Brasil”, a proposta pode sugerir que o Ministério da Educação (agente) amplie programas de capacitação tecnológica (ação), por meio de cursos online gratuitos (meio), com o objetivo de reduzir a desigualdade no acesso à informação (finalidade). O detalhamento pode explicar como os cursos seriam oferecidos em parceria com universidades públicas. Esse nível de especificidade garante a pontuação máxima nessa competência.
Dicas finais para alcançar a nota máxima
Para conquistar a nota 1000, não basta apenas conhecer os critérios. É fundamental praticar com regularidade, escrevendo textos sobre temas variados. Utilizar provas anteriores do Enem é uma ótima forma de treinar. Além disso, contar com correções de professores ou plataformas especializadas ajuda a identificar pontos de melhoria.
Outros recursos úteis são os simulados online e os materiais de estudo oferecidos por sites educacionais, como o VestibulandoWeb, que reúne conteúdos sobre Enem, vestibulares e técnicas de redação. Com treino, dedicação e atenção às competências, é possível alcançar a redação nota 1000.
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