O ministro da Educação declarou na transmissão da última quinta-feira, 25 de abril; que o governo federal reduzirá os investimentos públicos para faculdades de Filosofia e Sociologia. De acordo com Abraham, a medida afetará alunos ingressantes; e não prejudicará quem já está matriculado nos respectivos cursos de graduação.
Justificativa
A justificativa do MEC é que os investimentos devem ir, em sua maior parte, para cursos que gerem mais empregos e tenham maior procura de quem não está no que consideram como “elite”, citando Medicina, Engenharias, Medicina Veterinária e Enfermagem. As áreas de Saúde e Engenharias já se encontram entre as prioritárias para o financiamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Ainda segundo o MEC, a decisão é baseada em modelos propostos em países desenvolvidos como o Japão, o qual anunciou em 2015 o corte de investimentos para a área de Humanas. “O Japão, país muito mais rico que o Brasil, está tirando dinheiro público, do pagador de imposto, das faculdades que são tidas como para pessoas que já são muito ricas, ou de elite, como filosofia. Pode estudar filosofia? Pode, (mas) com dinheiro próprio”, destacou Abraham.
Apesar da medida favorável ao fechamento dos departamentos de Ciências Humanas no Japão, as universidades protestaram contra o governo. O ministério responsável pela educação no país recuou; mas alguns prejuízos foram gerados às instituições; cujos cursos permanecem em oferta, mesmo com as dificuldades e o ministro responsável pela declaração renunciou ainda em 2015.