O prazo para entregar a declaração do Imposto de Renda para a Receita Federal está ficando cada vez mais perto. O prazo termina amanhã, terça-feira (30), e de acordo com balanço da Receita Federal divulgado na tarde deste domingo (28), 26,1 milhões de pessoas fizeram a declaração. Mas apesar disso, o número de trabalhadores que ainda não finalizaram a declaração é grande, são aproximadamente 6 milhões.
A expectativa da Receita Federal é a de receber um total de 32 milhões de declarações de Imposto de Renda neste ano de 2020. Do total dessa expectativa, 81% já foi entregue. Ou seja, há uma parcela percentual de 19% que deve ser finalizada e entregue ao órgão até a próxima terça-feira, dia 30 de junho, que é quando o prazo para realizar a entrega será encerrado. A partir de então, será cobrada multa para os contribuintes que entregarem as suas declarações com atraso. Portanto, é prudente que o trabalhador não corra o risco de ser multado e entregue a sua declaração o quanto antes for possível.
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O prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda 2020 começou no dia 2 de março desse ano. Inicialmente, o prazo final para a entrega era o dia 30 de abril. Porém, por conta da pandemia do novo coronavírus, a Receita Federal decidiu prorrogar o prazo por mais 2 meses.
Portanto, neste ano, os contribuintes tiveram ainda mais tempo para fazer a sua declaração do que nos anos anteriores. E embora essa tenha sido uma medida incentivada pelos próprios trabalhadores, uma boa parte deles acabou relaxando na questão do prazo.
A Receita Federal espera receber um total de 6 milhões de declarações. Esse número corresponde a uma média de 3 milhões de declarações por dia. Resta saber se todos os contribuintes cumprirão com o dever de entregar a declaração no prazo, evitando assim a ocorrência de multa.
Imposto de Renda 2020 e as suas mudanças
Neste ano de 2020, a Receita Federal deixou de cobrar o número do recibo da declaração anterior do Imposto de Renda. Anteriormente, os contribuintes precisavam informar esse número de recibo da declaração do ano anterior logo no começo do preenchimento. Na declaração desse ano, o campo para informar esse número continuou no programa, mas não como campo obrigatório e sim opcional.
Outra mudança esteve centrada na questão do prazo. Seguindo a prorrogação do prazo de entrega em função da pandemia de Covid-19, o prazo para o pagamento do imposto também foi estendido. Nesse caso, os trabalhadores que devem pagar o imposto para a Receita Federal terão a sua primeira parcela ou cota única cobrada a partir do dia 30 de junho, que é o mesmo dia do prazo final de entrega.
Apesar dos prazos estendidos, o calendário de restituição começou no mesmo período em que já se costumava iniciar nos anos anteriores. Inclusive, os lotes de restituição já começaram a ser pagos. O 1º lote de restituição do IR foi pago no mês de maio. O 2º lote, por outro lado, está previsto para ser pago também no próximo dia 30 de junho. Mais 3 lotes de restituição devem ser pagos. A Receita Federal deve encerrar o calendário de pagamentos no mês de setembro. Mais precisamente, no último dia útil do mês.
O contribuinte que entregou a sua declaração de Imposto de Renda logo no começo do prazo teve prioridade para receber a restituição. Nesse sentido, os trabalhadores que deixaram para entregar a declaração neste mês de junho devem esperar mais tempo para receber o pagamento, se esse for o caso. Além desse grupo, as pessoas que tem mais de 60 anos, que tenham doença grave ou alguma deficiência física, também entram para a lista de prioridades da Receita Federal. Portanto, eles também devem receber a restituição primeiro.
Lembrando que para receber a restituição, a declaração deve ter sido preenchida sem erros e omissões. Caso contrário, a Receita Federal poderá cobrar do contribuinte uma resposta sobre o preenchimento incorreto, tendo a sua restituição suspensa nesse caso ou até mesmo anulada.