Um assunto que tem tomado conta do noticiário sobre o programa Auxílio Brasil nos últimos dias é a possibilidade do perdão da dívida do empréstimo consignado.
A sugestão de perdoar a dívida dos brasileiros que pediram o crédito consignado do Auxílio Brasil teve um remetente bem especifico. Quem fez essa sugestão foi a própria equipe de transição do atual governo. Fazem parte da equipe de transição que fez essa sugestão, nomes como o de Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do desenvolvimento, indústria, comércio e serviços, e Simone Tebet, ministra do planejamento.
Empréstimo Consignado do Auxílio Brasil
Antes de tudo, é importante destacar que o empréstimo consignado do Auxílio Brasil é um produto do governo anterior. Foi, portanto, o governo de Jair Bolsonaro (PL) que liberou o novo crédito consignado no mercado. Uma nova modalidade de crédito que surgiu como a grande novidade da fase final do governo do ex-presidente. Mas que apesar dessa característica, não ficou alheia às críticas.
Nesse sentido, foram muitos os especialistas que criticaram o novo crédito consignado, principalmente por que ele acaba por comprometer a renda mensal das famílias do Auxílio Brasil de forma considerável.
A maior prova de que a recomendação dos especialistas não estava de toda equivocada diz respeito ao fato de que, atualmente, uma boa parte dos brasileiros que pediram pelo empréstimo consignado do Auxílio Brasil se encontra endividada. E é exatamente essa dívida que se objetiva perdoar com a proposta que foi feita pelo novo governo.
Até o presente momento, o perdão da dívida ainda não foi confirmado. Segue, portanto, sendo tão somente uma sugestão.
Crédito Consignado e Endividamento
Diferentemente do lançamento do novo crédito consignado no mercado, o risco de endividamento das famílias do Auxílio Brasil não era uma novidade. Pelo contrário, era a situação mais óbvia para ser apontada.
Afinal, não é preciso ser um especialista em Economia para prever que, com a renda mensal diminuída, essas famílias ficariam cada vez mais próximas de uma ocasião de dívida. O que está acontecendo, a partir de agora, é que as consequências chegaram cedo demais, mais rápido do que os próprios economistas previam anteriormente. O cenário, portanto, exige soluções por parte do poder público.
Se o governo, de fato, vai perdoar a dívida de quem pediu o empréstimo consignado do Auxílio Brasil, ainda não é possível afirmar. Porém, a possibilidade está colocada em jogo. E quem mais aguarda por uma confirmação ou não, são os próprios beneficiários do programa Auxílio Brasil que decidiram tomar o empréstimo.
Se isso realmente chegar a acontecer, é provável também que o atual governo encerre a liberação do crédito consignado do Auxílio Brasil. Afinal, uma modalidade de crédito que aproxima as famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica do endividamento pode não vir a ser considerada pela atual gestão do Poder Executivo.