O Ministério do Trabalho planeja enviar ao Congresso em março um projeto de lei que propõe mudanças significativas no saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Esta iniciativa, liderada pelo ministro Luiz Marinho, visa alterar a regra que atualmente proíbe os trabalhadores que optam pelo saque-aniversário de acessar o saldo total do fundo em caso de demissão.
A proposta enfrenta resistências significativas de bancos e do Ministério da Fazenda, que expressam preocupações de que a extinção do saque-aniversário possa limitar o acesso ao crédito e impactar negativamente a economia. Além disso, o projeto deve enfrentar desafios no Congresso, que aprovou a criação desta modalidade.
Detalhes da Proposta – FGTS
O texto que o governo pretende enviar ao Congresso estabelece que o trabalhador que optou pela modalidade do saque-aniversário e for demitido sem justa causa terá 30 dias para retornar ao saque-rescisão.
No entanto, se optar por isso, não poderá escolher novamente o saque-aniversário. Esta medida se aplicaria a demissões ocorridas desde abril de 2020.
O saque-aniversário, implementado em 2019 durante o governo Jair Bolsonaro e efetivado em abril de 2020, permite que o trabalhador retire parte do FGTS anualmente, independentemente de eventos como demissão ou financiamento da casa própria.
Em contrapartida, se o trabalhador for demitido, ele só terá direito à multa de 40% sobre o FGTS pago pela empresa, sem acesso ao saldo total do fundo.
Impacto e Implicações
A mudança proposta no saque-aniversário do FGTS tem implicações significativas para os trabalhadores brasileiros. Ao permitir que os trabalhadores retornem ao saque-rescisão após a demissão, o projeto busca oferecer maior flexibilidade e segurança financeira.
No entanto, a decisão de alterar esta modalidade é complexa, envolvendo considerações econômicas e políticas que precisam ser cuidadosamente avaliadas.
Este projeto representa um esforço do governo para equilibrar as necessidades dos trabalhadores com as preocupações econômicas mais amplas, destacando a importância de políticas que apoiem tanto os indivíduos quanto a economia como um todo.