Desde o seu lançamento, o aplicativo do auxílio emergencial tem sido questionado no quesito segurança, por diversos especialistas da área. Como o próprio nome diz, o auxílio emergencial foi pensado para suprir as necessidades da população de forma mais rápida. O que ocasionou pouco tempo para desenvolvimento de um projeto de abrangência nacional.
Por ser um app que irá liberar uma quantia de dinheiro para parte da população, muitas pessoas acabaram tentando receber o benefício mesmo sabendo que não possuem direito a ele. Isso fez com que o app estivesse a cada dia mais envolto em dúvidas e escândalos. Nos últimos dias, o empresário Luciano Hang dono da rede de lojas Havan colocou a segurança do app em questão novamente.
Acontece que, o CPF do empresário parece ter sido usado por estelionatários na tentativa de fraudar o programa de auxílio emergencial.
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Casos que ganharam mídia
Assim como a tentativa de fraude usando os dados do empresário, recentemente também foi divulgado a tentativa de fraudar os dados do filho do William Bonner, apresentador do Jornal Nacional, de forma a receber o auxílio emergencial.
Essas tentativas de fraudes ficaram conhecidas entre a população e levantam o alerta sobre o banco de dados do Governo, o que faz com que a população questione sobre a credibilidade do programa, embora este seja uma das medidas mais celebradas nos últimos tempos, como forma de proteger os trabalhadores informais durante a pandemia.
Esses profissionais ficaram sem condições de ganhar o próprio sustento devido ao afastamento social, uma vez que são pessoas que atuam nas ruas e que precisam do movimento de pessoas para que consigam realizar vendas.
Por isso mesmo, é importante que as pessoas fiquem cientes de que o app funciona e que o banco de dados do Governo é confiável. Alguns estelionatários conseguem utilizar dados conquistados ilicitamente para se aproveitarem de falhas, essas questões estão sendo apurados individualmente e o Governo prevê punição.
Aqueles que não possuem direito ao benefício e estão fraudando o app, serão punidos e a devolução do auxílio emergencial recebido indevidamente deverá ser realizada aos cofres públicos.
Quem de fato possui direito ao auxílio emergencial?
O auxílio emergencial foi projetado para pagar o benefício para:
- Profissionais informais (sem registro em carteira);
- Microempreendedores individuais;
- Autônomos que contribuem para o INSS;
- Beneficiários do Bolsa Família.
De forma que essas pessoas que são entendidas como mais vulneráveis possam ser protegidas durante a pandemia, contribuindo para que essas pessoas possam ficar em isolamento social sem aumentar o risco de vulnerabilidade financeira.
Garante-se, assim, que as pessoas tenham acesso a alimentação e itens básicos para a sobrevivência com o recebimento do auxílio durante 3 meses, evitando que essas pessoas precisem sair diariamente para trabalharem em seus pequenos negócios se expondo a variados riscos e inclusive a contaminação pelo vírus.
Afinal, o objetivo em todas as cidades brasileiras é que a população fique em casa quando possível, como forma de combater a disseminação do covid-19.
Análise de dados para um processo confiável
Infelizmente muitas pessoas que não se enquadram nas regras do programa acabaram de inscrevendo na tentativa de ganhar o auxílio emergencial.
E isso levou até mesmo a um atraso na análise de dados, sendo essa análise feita pela Dataprev, com o objetivo de identificar quem realmente possui o direito ao benefício, concedido como uma forma de proteger as populações de baixa renda. Por isso, os dados cedidos por quem pretende receber o auxílio são cruzados com outros bancos de dados do Governo. Isso faz que seja possível minimizar ao máximo o risco de que o pagamento seja feito a uma pessoa que não possui direito.
Tendo em vista que isso iria prejudicar toda uma cadeia de pessoas que realmente precisam do benefício como uma forma de sobreviverem nesses momentos difíceis.
Depois de cruzar todos os dados e identificar se a pessoa realmente terá direito, os dados são enviados ao Ministério da Cidadania, órgão que é o responsável pelo aval para a liberação do benefício.
Somente após a liberação pelo Ministério da Cidadania o CPF é enviado para a Caixa Econômica Federal liberar o pagamento. Portanto, é um processo rigoroso para proteger os cofres públicos de estelionatários e garantir o direito a quem realmente o tem.