(Enem/2014 – PPL) Sermão da Sexagésima
Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregações, nem tantos pregadores como hoje. Pois se tanto se semeia a palavra de Deus, como é tão pouco o fruto? Não há um homem que em um sermão entre em si e se resolva, não há um moço que se arrependa, não há um velho que se desengane. Que é isto? Assim como Deus não é hoje menos onipotente, assim a sua palavra não é hoje menos poderosa do que dantes era. Pois se a palavra de Deus é tão poderosa; se a palavra de Deus tem hoje tantos pregadores, por que não vemos hoje nenhum fruto da palavra de Deus? Esta, tão grande e tão importante dúvida, será a matéria do sermão. Quero começar pregando-me a mim. A mim será, e também a vós; a mim, para aprender a pregar; a vós, que aprendais a ouvir.
VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo: Edameris, 1965
A) provocar a necessidade e o interesse dos fiéis sobre o conteúdo que será abordado no sermão.
B) conduzir o interlocutor à sua própria reflexão sobre os temas abordados nas pregações.
C) apresentar questionamentos para os quais a Igreja não possui respostas.
D) inserir argumentos à tese defendida pelo pregador sobre a eficácia das pregações.
E) questionar a importância das pregações feitas pela Igreja durante os sermões.
RESOLUÇÃO:
A inserção de tantos pontos de interrogação é a uma estratégia do autor em prender a atenção dos leitores (interlocutores). Elas buscam despertar nos leitores o interesse pelo assunto que está sendo tratado.
Resp.: A
VEJA TAMBÉM:
– Questão resolvida sobre poema de Castro Alves, da FMABC 2021.