(Enem/2013) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira;
São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil,
no qual
A) copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
B) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais.
C) optava pela via legalista de libertação.
D) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
E) antecipava a libertação paternalista dos cativos.
Resolução:
Com uma leitura do texto chega-se facilmente à resposta. O texto deixa claro que Joaquim Nabuco era contra qualquer movimento agressivo (guerra civil, insurreições, atentados) para que a liberdade aos escravos fosse concedida. Pelo contrário, “é no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade”, dizia.
Resp.: C
Veja também:
– Questão comentada sobre história do Brasil, do Enem 2013.
– Texto sobre “refugiados na Síria e tumbeiros da escravatura”.