Na manhã deste domingo, 31 de outubro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, evitou falar sobre um plano B para financiar o Auxílio Brasil, e disse que a aprovação da PEC dos Precatórios no Congresso é o “plano A” do governo.
“Nós estamos trabalhando com plano A. A aprovação da PEC dos Precatórios. Ela é importante porque abre espaço fiscal para o programa de assistência social. Esse é o nosso plano. Nós acreditamos que o Congresso vai aprovar, exatamente porque permite o financiamento dos programas sociais do governo”, afirmou o ministro a jornalistas em Roma, ao ser questionado se o governo trabalha com um plano B.
Guedes acompanha a comitiva do presidente Jair Bolsonaro na cúpula de líderes do G20 na Itália, num momento em que a votação da PEC dos Precatórios enfrenta resistências no Congresso.
Questionado sobre as críticas do presidente Jair Bolsonaro à reação negativa dos mercados após o governo propor mudanças na regra do teto de gastos, o ministro voltou a defender a aprovação da PEC dos Precatórios como instrumento para garantir espaço fiscal para bancar o Auxílio Brasil, novo programa que vai substituir o Bolsa Família.
“Imagino que há uma preocupação do mercado à respeito exatamente dessa capacidade de coordenação política para aprovar a PEC dos precatórios, porque é exatamente a PEC dos precatórios que nos dá o espaço para as políticas sociais”, disse.
De acordo com informações extraoficiais, Bolsonaro admitiu a aliados que o governo tem um plano B para o Auxílio Brasil se a PEC dos Precatórios não for aprovada no Congresso. O governo avalia que pode até conseguir a aprovação na Câmara, mas que enfrentará dificuldades para a proposta ser aprovada no Senado. Se a PEC não passar, o governo estuda decretar novo estado de calamidade e prorrogar o auxílio emergencial, que chega ao fim neste domingo.