Uma das grandes novidades da fase final do atual governo, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil pode acabar no ano que vem (2023). Nesse sentido, a sugestão de acabar com a nova modalidade de crédito consignado veio da própria equipe de transição do novo governo. A nova gestão deve assumir o Palácio do Planalto a partir do próximo dia 1 de janeiro de 2023.
Na verdade, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil nunca chegou nem perto de ser uma unanimidade. Nesse sentido, até mesmo quanto a ideia era tão somente uma proposta que ainda precisava ser aprovada, o novo crédito já era alvo de algumas críticas. Logo, o seu fim já chegou a ser cogitado até mesmo dentro do governo atual, o que não chegou a acontecer de fato.
O motivo pelo qual o crédito consignado do Auxílio Brasil é criticado com alguma frequência diz respeito ao fato de que a renda dos beneficiários do programa social de distribuição de renda diminui, de forma considerável, a partir do momento da contratação. E, então, isso acontece exatamente por que, o pagamento das parcelas do empréstimo é feito na forma de desconto direto na folha do beneficiário. Dessa forma, o que ele recebe é tão somente o valor que resta após a aplicação do desconto.
No empréstimo consignado do Auxílio Brasil, o valor máximo que pode ser comprometido com o crédito é correspondente a um percentual de até 40% do valor do benefício. E, então, por mais que o novo crédito seja visto como uma grande oportunidade para um bom número de beneficiários, esse é um percentual que causa um impacto direto na renda mensal das famílias que são beneficiárias do programa. Afinal, é quase a metade do valor do benefício que está sendo direcionada para o pagamento de um empréstimo.
Principalmente por conta disso, a recomendação de muitos especialistas é de que o empréstimo consignado do Auxílio Brasil seja analisado com muita cautela antes de ser contratado pelo beneficiário do programa social. Afinal, uma vez que o novo crédito é contratado, o cidadão está comprometendo uma parte considerável do seu benefício todo mês. E o mais importante é ter a consciência de que, mesmo que se pare de receber o benefício mensal, por algum motivo ou outro, ele continuará com a obrigação legal de realizar os pagamentos mensais do empréstimo.