A Câmara dos Deputados concluiu na quarta-feira, 27 de outubro, a votação do projeto que cria um auxílio gás para famílias de baixa renda. A proposta segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.
O texto já havia sido aprovado pela Câmara, mas voltou para análise dos deputados depois que senadores alteraram o mérito (conteúdo) da proposta.
O projeto estabelece que as famílias beneficiárias recebam, a cada dois meses, o valor correspondente a pelo menos 50% do preço médio nacional de revenda do botijão de 13 kg. O programa, segundo o texto, terá duração de 5 anos e se chamará “Gás dos Brasileiros”.
O relator na Câmara, deputado Christino Áureo (PP-RJ), acolheu a maior parte das mudanças feitas pelos senadores. Ele rejeitou apenas um ponto, que diz respeito às fontes de custeio do programa.
“Com R$ 600 milhões da Cide previstos para o ano, poderá ser possível atender 2 milhões de famílias”, esclareceu o relator.
Beneficiários
Conforme o projeto, terão direito ao benefício:
- famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional; ou
- famílias que tenham entre os integrantes residentes no mesmo endereço quem receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A proposta original previa que o valor a ser repassado a cada dois meses seria de 40% do preço médio do botijão. Relator do texto, o senador Marcelo Castro elevou o percentual para o mínimo de 50%.
Ainda conforme a proposta:
- o pagamento do voucher para compra de gás será feito preferencialmente à mulher chefe de família;
- o governo poderá utilizar a estrutura do Bolsa Família, ou de programa que vier a substituí-lo, para operacionalizar os pagamentos dos benefícios.