O Enem 2026 deve marcar uma inovação importante na formulação da prova com o uso de inteligência artificial na etapa de pré-testagem. A mudança surge após o vazamento de questões ocorrido recentemente, e o objetivo é aumentar o sigilo e reduzir a quantidade de pessoas envolvidas na criação dos itens do exame.
De acordo com Palacios, o modelo atual exige a participação de cerca de 15 mil estudantes para que a pré-testagem seja realizada, o que naturalmente amplia os riscos de exposição das questões. Com o apoio da inteligência artificial, parte desse processo poderá ser substituído por simulações que analisam diferentes perfis de alunos, tornando o procedimento mais seguro e eficiente.
Por que a inteligência artificial será usada no Enem 2026?
O vazamento envolvendo o concurso da Capes revelou fragilidades no método tradicional de pré-testagem, que depende fortemente da aplicação presencial das questões. O Inep identificou que reduzir a participação humana nessa etapa é fundamental para aumentar o sigilo do Banco Nacional de Itens.
Nesse contexto, a inteligência artificial aparece como uma ferramenta estratégica. Com ela, é possível simular o comportamento de diferentes candidatos, avaliando o desempenho esperado para cada item. Especialistas atuarão como calibradores desses sistemas, garantindo que o desempenho das máquinas siga critérios pedagógicos consistentes.
Como funciona hoje a criação das questões do Enem?
A elaboração da prova tem como base o Banco Nacional de Itens, um repositório que reúne milhares de questões criadas por pesquisadores e especialistas credenciados. Esse material passa por processos rigorosos de análise e validação antes de integrar o exame oficial.
O funcionamento é estruturado em etapas que garantem a precisão conceitual, o alinhamento pedagógico e o nível adequado de dificuldade de cada questão. Esse processo envolve profissionais experientes, que colaboram para manter a qualidade e a coerência do Enem.
Etapas de elaboração de uma questão
A primeira fase é a elaboração dos itens, conduzida por especialistas convidados pelo Inep. Eles criam questões inéditas baseadas nas diretrizes da prova e nas habilidades previstas na matriz de referência.
Depois, ocorre a validação pedagógica, que consiste na análise técnica da questão. Nessa etapa, são avaliados aspectos como clareza do enunciado, precisão conceitual e adequação do grau de dificuldade. Somente após aprovação a questão segue para o pré-teste.
Pré-testagem das questões
A pré-testagem é essencial para definir o comportamento real da questão diante dos candidatos. Ela mede o nível de dificuldade, a diferenciação entre participantes que dominam ou não o conteúdo e o acerto casual, conhecido como chute.
Atualmente, essa etapa exige a participação de milhares de estudantes, o que amplia a exposição das questões antes da prova real. Com a adoção da inteligência artificial, parte dessa análise poderá ser feita por simulações, reduzindo significativamente os riscos de vazamento.
Como serão os novos pré-testes com IA?
O Inep informou que os pré-testes não serão eliminados, mas passarão por mudanças. Uma parte continuará sendo aplicada presencialmente, enquanto outra será realizada por sistemas inteligentes capazes de prever o comportamento dos candidatos diante das questões.
Esses sistemas serão calibrados com apoio de especialistas, que atuarão como avaliadores para garantir que os algoritmos funcionem de acordo com critérios pedagógicos precisos. A expectativa é que o processo se torne mais seguro, rápido e eficiente.
O que muda após o vazamento envolvendo o concurso da Capes?
O concurso da Capes, apontado como responsável pelo vazamento do Enem 2025, exigia a participação de estudantes do primeiro ano da graduação. A bonificação de 5 mil reais oferecida para os melhores colocados aumentou o engajamento, mas também elevou o risco de compartilhamento indevido das informações.
Após o episódio, o Inep decidiu reavaliar as estratégias utilizadas na pré-testagem. A IA surge como alternativa para reduzir a necessidade de aplicar grande volume de questões para grupos externos, preservando a integridade do processo.
Calendário do Enem 2026
O calendário detalhado ainda não foi divulgado, mas deve seguir o padrão dos anos anteriores. Geralmente, o período de inscrições ocorre no primeiro semestre, e as provas são aplicadas em dois domingos consecutivos no fim do ano.
Com as mudanças anunciadas, o Inep deve reforçar orientações sobre segurança e organização do exame, especialmente diante das novidades no processo de formulação das questões.
Como estudar para o Enem 2026 com as mudanças?
A introdução da inteligência artificial na elaboração das questões não altera o conteúdo cobrado na prova. Os estudantes continuam sendo avaliados pela capacidade de interpretar, contextualizar e resolver problemas.
Estudar com organização e constância permanece como o principal diferencial para um bom desempenho, principalmente em um exame tão competitivo quanto o Enem.
Dicas de estudo para o Enem 2026
Uma recomendação importante é organizar sua rotina de estudos com base na matriz de referência, que orienta todas as áreas do conhecimento avaliadas. Ela destaca habilidades como leitura crítica, resolução de problemas, interpretação de gráficos e compreensão de fenômenos científicos.
Outra dica fundamental é resolver provas anteriores. Essa prática ajuda a identificar padrões nas questões, melhorar a gestão do tempo e entender o estilo de cobrança das disciplinas.
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