A mudança anunciada para o SISU 2026 trouxe grande expectativa entre os estudantes, especialmente para quem sonha com vagas em cursos altamente concorridos como Medicina e Direito. A partir da edição de 2026, os candidatos poderão utilizar a melhor nota obtida nas três últimas edições do ENEM — 2023, 2024 ou 2025 — para disputar uma vaga em instituições públicas, conforme explicado em comunicado oficial do Governo Federal.
Esse novo formato muda a dinâmica da seleção, amplia a competitividade e pode gerar impacto direto nas notas de corte, especialmente nos cursos mais disputados.
Por que a mudança aumenta a competitividade?
A possibilidade de usar notas de anos anteriores cria um volume maior de candidatos com desempenho elevado. Antes, a disputa era baseada majoritariamente nas notas do ENEM mais recente, o que equalizava o nível de entrada. Agora, quem teve excelente resultado em 2023 ou 2024 poderá concorrer novamente em 2026, sem precisar repetir o exame.
Isso significa que o SISU passa a reunir um número maior de concorrentes com médias altas. Esses estudantes podem elevar a nota mínima necessária para ingressar em cursos tradicionalmente disputados, como Medicina e Direito.
Impactos diretos para Medicina
Os cursos de Medicina já figuram entre os mais procurados do Brasil e costumam registrar médias elevadas, muitas vezes ultrapassando 800 pontos na ampla concorrência, conforme levantamento de outras edições do Sisu. Com a mudança, a tendência é que o número de candidatos altamente competitivos aumente, pressionando ainda mais as notas mínimas.
Estudantes que obtiveram nota alta em outros anos poderão participar novamente com vantagem. Isso reduz o “efeito renovação” natural do SISU, que antes dependia da nota anual do ENEM. Com mais candidatos qualificados, a expectativa é de notas de corte ainda mais elevadas, especialmente em universidades muito disputadas e capitais com alta procura.
Como isso afeta a dinâmica das vagas?
Com um grupo maior de concorrentes de alto desempenho, poucas vagas devem ser preenchidas por candidatos com notas medianas. O número de pessoas acima da faixa de 760 a 820 pontos tende a crescer, tornando mais difícil para quem fez ENEM apenas uma vez competir com candidatos experientes.
Esse cenário pode aumentar a pressão sobre estudantes que farão o ENEM em 2025. Muitos precisarão buscar estratégias ainda mais eficientes de estudo para alcançar notas em níveis historicamente altos.
Impactos diretos para Direito
No caso do curso de Direito, a concorrência também deve ser intensificada, embora em menor proporção do que em Medicina. O curso atrai um grande número de candidatos, e muitas instituições trabalham com notas acima de 700 pontos.
A entrada de candidatos que obtiveram boas notas em 2023 ou 2024 pode elevar a faixa mínima em diversas universidades, sobretudo nas mais tradicionais e bem avaliadas. Mesmo que a variação esperada seja menor do que Medicina, ainda assim pode ocorrer aumento nas exigências.
Instituições onde o impacto pode ser maior
Universidades federais localizadas em grandes centros urbanos tendem a sentir esse impacto de forma mais intensa. Cursos de Direito em instituições disputadas, como UFPE, UFMG, UFPR ou UFRJ, por exemplo, podem registrar elevação nas notas.
Já universidades do interior ou com menor concorrência podem apresentar aumento mais moderado, ainda que perceptível, devido à entrada de candidatos com notas acumuladas de anos anteriores.
Como o candidato deve se preparar para a nova realidade?
Uma das principais estratégias é avaliar todas as notas do ENEM que você já possui. Quem fez o exame em 2023, 2024 e 2025 poderá escolher a melhor delas, o que reforça a importância de analisar cuidadosamente qual usar no SISU 2026.
Além disso, é essencial acompanhar os históricos de notas de corte das instituições desejadas e análises de edições anteriores, ajudando o candidato a definir metas realistas para competir.
Estratégias para aumentar as chances
Mesmo que a concorrência aumente, algumas práticas ajudam o estudante a se destacar. Primeiramente, é importante focar nas áreas de maior peso da universidade escolhida, já que algumas instituições aplicam pontuações específicas para cada área do conhecimento.
Outra recomendação é montar um plano alternativo com cursos ou turnos menos disputados, especialmente se a nota alcançada ficar próxima da média histórica. Isso reduz o risco de perder todas as opções no processo de seleção.
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