(Enem/2020 – Digital) Indústria cultural da felicidade
Tornou-se perigoso o emprego da palavra felicidade desde seu mau uso pela propaganda.Os que se negam a usá-la acreditam liberar os demais dos desvios das falsas necessidades,das bugigangas que se podem comprar em shoppings grã-finos ou em camelôs na beira dacalçada, que, juntos, sustentam a indústria cultural da felicidade à qual foi reduzido o que,antes, era o ideal ético de uma vida justa. Infelicidade poderia ser o nome próprio desse novo estado da alma humana que se perdeu de si ao perder-se do sentido do que está a fazer.Desespero é um termo ainda mais agudo quando se trata da perda do sentido das ações pela perda da capacidade de reflexão sobre o que se faz. A felicidade publicitária está ao alcance dos dedos e não promete um depois. Resulta disso a massa de “desesperados” trafegando como zumbis nos shoppings e nas farmácias do país em busca de alento.
TIBURI, M. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br. Acesso em: 12 nov. 2014 (adaptado).
Ao reprovar a ação da indústria da felicidade e um comportamento humano, o texto associa a
A) ansiedade recorrente ao lançamento de novidades no mercado.
B) visita frequente ao shopping à resolução de problemas cotidianos.
C) atitude impensada ao atendimento de necessidades emergenciais.
D) postura consumista à crença na promessa ilusória de anúncios publicitários.
E) vantagem econômica à venda de produtos falsificados no mercado ambulante.
RESOLUÇÃO:
O texto faz uma crítica à necessidade consumista da população como forma de encontrar a felicidade; consumo que se faz ainda mais necessário ante à profusão de anúncios publicitários que bombardeiam a população pelas mais variadas mídias.
Resp.: D
VEJA TAMBÉM:
– Questão resolvida sobre interpretação de anúncio, da Fuvest
– Questão resolvida sobre texto O Bicho, do IFRN