(Enem/2023)
TEXTO I
Alegria, alegria
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não?
VELOSO, C. Alegria, alegria. Rio de Janeiro: Polygram, 1990 (fragmento).
TEXTO II
Anjos tronchos
Uns anjos tronchos do Vale do Silício
Desses que vivem no escuro em plena luz
Disseram vai ser virtuoso no vício
Das telas dos azuis mais do que azuis
Agora a minha história é um denso algoritmo
Que vende venda a vendedores reais
Neurônios meus ganharam novo outro ritmo
E mais, e mais, e mais, e mais, e mais
VELOSO, C. Meu coco. Rio de Janeiro: Sony, 2021 (fragmento).
Embora oriundas de momentos históricos diferentes, essas letras de canção têm em comum a
A) referência às cores como elemento de crítica a hábitos contemporâneos.
B) percepção da profusão de informações gerada pela tecnologia.
C) contraposição entre os vícios e as virtudes da vida moderna.
D) busca constante pela liberdade de expressão individual.
E) crítica à finalidade comercial das notícias.
RESOLUÇÃO:
O texto I, através da linha “Quem lê tanta notícia”, sugere uma reflexão sobre a quantidade de informações disponíveis e como isso pode ser esmagador. O texto II lida explicitamente com tecnologia (“Agora a minha história é um denso algoritmo”) e o excesso de informações (“E mais, e mais, e mais, e mais, e mais”). Assim, ambos os textos refletem sobre a profusão de informações.
Resp.: B
VEJA TAMBÉM:
– Questão resolvida sobre conceito de deputado em diferentes épocas, do Enem 2014
– Questão resolvida sobre Abaporu, do Enem
– Questão resolvida sobre interpretação textual envolvendo tecnologia, do Enem 2018