(Enem 2016 – 2ª aplicação)
Arrependimentos terminais
Em Antes de partir, uma cuidadora especializada doentes terminais fala do que eles mais se arrependem na hora de morrer: “Não deveria ter trabalhado tanto”, diz um dos pacientes. “Desejaria ter ficado em contato com meus amigos”, lembra outro. “Desejaria ter coragem de expressar meus sentimentos”. “Não deveria ter levado a vida baseando-me no que esperavam de mim”, diz um terceiro. Há cem anos ou cinquenta, quem sabe, sem dúvida seriam outros os arrependimentos terminais. “Gostaria de ter sido mais útil à minha pátria”. “Deveria ter sido mais obediente a Deus”. “Gostaria de ter deixado mais patrimônio aos meus descendentes”.
COELHO, M. Folha de S. Paulo, 2 jan. 2013.
O texto compara hipoteticamente dois padrões morais que divergem por se basearem respectivamente em
A) satisfação pessoal e valores tradicionais
B) relativismo cultural e postura ecunêmica.
C) tranquilidade espiritual e costumes liberais.
D) realização profissional e culto à personalidade.
E) engajamento político e princípios nacionalistas.
Resolução:
A questão coloca os arrependimentos de pacientes terminais do mundo contemporâneo e faz uma comparação com os prováveis arrependimentos de 50 0u 100 anos atrás. Observa-se, no texto, uma mudança de arrependimento quanto aos valores que poderiam ter sido priorizados.
No mundo contemporâneo os arrependimentos referem-se a ações do próprio indivíduo, enquanto há cem ou cinquenta anos os arrependimentos voltam-se a valores tradicionais (amor à pátria; maior respeito a Deus; mais patrimônio para os filhos…).
Resp.: A