A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou a 3ª edição do Projeto Meninas Negras na Ciência, uma iniciativa da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa). Com duração de 10 meses, o programa visa estimular o protagonismo juvenil e ampliar a participação de jovens negras no campo da ciência e da tecnologia. As inscrições acontecem de 30 de setembro a 5 de outubro de 2025, com edital disponível no Portal da Fiocruz.
O projeto é realizado em parceria com a Sociedade de Promoção Sociocultural da Fiocruz (SOCULTFio) e conta com patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, da Prefeitura do Rio e de empresas como Ipiranga, ICONIC e ALLOS, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Lei ISS).
Quem pode participar
A iniciativa é destinada a 25 meninas cis ou trans que se autodeclarem negras (pretas ou pardas), com idade entre 15 e 19 anos. Do total de vagas, três são reservadas a jovens com deficiência.
Para participar, as candidatas precisam estar regularmente matriculadas no 1º ou 2º ano do Ensino Médio (regular, técnico integrado ou EJA), nos turnos da tarde ou noite, em escolas públicas. Outro critério é residir em um dos seguintes territórios do Rio de Janeiro: Manguinhos, Maré, Jacarezinho, Complexo do Alemão ou São Cristóvão.
Por que meninas negras na ciência
O público-alvo foi escolhido devido à vulnerabilidade social e à baixa representatividade histórica de jovens negras nas áreas científicas e tecnológicas. Muitas dessas estudantes encontram barreiras de acesso a oportunidades de formação, sendo frequentemente invisibilizadas.
Com esse projeto, a Fiocruz busca não apenas abrir caminhos no ambiente acadêmico e científico, mas também valorizar saberes e potencialidades que são frequentemente subestimados. A proposta é garantir que essas jovens tenham voz, espaço e reconhecimento em áreas estratégicas para o futuro.
O que as participantes vão aprender
Durante os 10 meses de formação, as alunas terão acesso a uma programação diversificada, que vai além do aprendizado formal. Entre as atividades previstas estão:
- Rodas de conversa com especialistas;
- Cine-debates sobre ciência, diversidade e sociedade;
- Palestras com profissionais de destaque;
- Oficinas temáticas sobre ciência e tecnologia;
- Visitas a laboratórios de pesquisa, museus e centros culturais.
Essas experiências permitem que as jovens ampliem horizontes, conheçam novas carreiras e se aproximem de ambientes profissionais da ciência, despertando interesse e fortalecendo suas trajetórias educacionais.
Benefícios oferecidos
Para garantir a permanência das estudantes em todas as etapas, o programa vai disponibilizar recursos de apoio. As participantes receberão tablets para uso nas atividades e uma bolsa permanência durante os 10 meses de formação.
Esses benefícios têm o objetivo de reduzir desigualdades e assegurar que as jovens consigam se dedicar integralmente ao percurso proposto. Além disso, a oferta de suporte tecnológico é essencial para atividades online e pesquisas acadêmicas.
Encerramento com evento sociocultural
Ao final do percurso, o grupo de meninas negras na ciência participará da organização de um evento sociocultural, que reunirá comunidade, parceiros e instituições apoiadoras. Esse momento simboliza a conclusão da jornada, mas também marca o início de novas oportunidades para as participantes.
O evento será uma vitrine das conquistas individuais e coletivas, mostrando a importância de iniciativas que unem ciência, diversidade e inclusão como motores de transformação social.
Onde encontrar mais informações
O edital completo com detalhes sobre as inscrições, requisitos e cronograma está disponível no Portal da Fiocruz. Interessadas devem ficar atentas ao prazo: as inscrições vão de 30 de setembro a 5 de outubro de 2025.
Essa é uma oportunidade única para jovens negras que desejam ingressar no universo da ciência e tecnologia com apoio institucional, incentivo financeiro e uma rede de valorização cultural.