(Unicamp/2019) No ano de 2015, foi descrito o fóssil de um réptil que viveu há 150 milhões de anos onde hoje é a região Nordeste do Brasil. Conforme ilustra a figura a seguir, esse animal apresenta corpo alongado, com muitas vértebras e
costelas, e membros anteriores e posteriores reduzidos (a seta indica a região ampliada no canto inferior esquerdo).
Por sua anatomia peculiar, um grande debate teve início sobre a posição que esse animal deveria ocupar na árvore da vida
Sabe-se que os lagartos (que geralmente têm membros) e as serpentes (seres ápodes) que vivem atualmente têm um ancestral comum. Sendo assim, o organismo ilustrado na figura
A) não pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, pois a perda dos membros anteriores e posteriores levaria a um prejuízo à vida do animal, e a evolução resulta apenas em melhoria dos organismos.
B) não pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, pois a evolução é gradual e incapaz de gerar mudanças drásticas na morfologia de um ser
vivo, como a perda de membros anteriores e posteriores.
C) pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, sendo que seu ancestral comum com os lagartos possuía membros, depois perdidos por processos
evolutivos, originando as serpentes ápodas atuais.
D) pode ser um fóssil de transição, pois os ancestrais das serpentes que não utilizavam seus membros com tanta frequência sofreram atrofia desses membros, deixando de transferir tal característica para seus descendentes.
Resolução:
O fóssil pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes. A perda das patas ocorreu gradualmente ao longo do tempo, através de diversos processos evolutivos.
Resp.: C