Governo deve liberar novo saque emergencial do FGTS em 2021

Com a explosão da pandemia do novo coronavirus no Brasil no ano de 2020, o Governo Federal precisou criar medidas de amparo às famílias, sobretudo aquelas mais vulneráveis e afetadas pela necessidade de afastamento social, bem como para fomentar o comércio e não permitir a quebra da economia do país.

Nesse sentido, foram apresentados à população o auxílio emergencial e o saque emergencial do FGTS, sendo este último destinado aos trabalhadores titulares de contas ativas e inativas do fundo de garantia. Enquanto a discussão acerca do auxílio emergencial anda a passos lentos, sob a justificativa de obstáculos orçamentários, o novo saque emergencial do FGTS em 2021 parece estar cada vez mais próximo de se tornar realidade. No ano passado, a medida foi concretizada entre junho e dezembro, e contemplou cerca de 51 milhões de trabalhadores.

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O valor a ser liberado, ao que tudo indica, continuará sendo o de um salário mínimo. Assim, enquanto em 2020 os titulares das contas tiveram acesso a R$ 1.045, a tendência é que, neste ano, seja liberado o valor de R$ 1.100. De acordo com informações de aliados do governo, a medida excepcional começou a ser analisada desde a virada do ano, de modo que, com o aumento dos números da pandemia, a tendência é que o assunto entre urgentemente em pauta para discussão, podendo ter seu anúncio ainda no mês de janeiro, até mesmo como uma forma de impulsionar a popularidade do Presidente da República, abalada nos últimos dias pelos desdobramentos da campanha de vacinação e do colapso na rede pública de saúde de Manaus.

O FGTS nada mais é que um fundo criado pelo Governo Federal, e que possui o condão de formar uma reserva de dinheiro para o trabalhador brasileiro, sobretudo para momentos peculiares de dificuldades, como demissão sem justa causa ou acometimento de determinadas doenças, ou, ainda, para financiamento da moradia própria. Essa quantia é depositada mensalmente pela empresa em que o trabalhador está empregado e equivale a 8% do salário, que não pode ser descontado desse trabalhador.

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Para ajudar na demanda referente aos benefícios oriundos do FGTS, a tecnologia pode ser a grande amiga do trabalhador. Isso porque é possível, por meio de aplicativos específicos, verificar a conta do FGTS e, em caso de liberação de novo saque emergencial, movimentar o valor de forma simples, rápida e prática, direto da palma da mão.

O aplicativo FGTS, incluído no Google Play e no Apple Store pelo Governo Federal, permite que os trabalhadores consultem o saldo total da sua conta e o extrato de pagamento de todo o período trabalhado, sendo de especial importância a sua consulta, até mesmo por questões de planejamento financeiro, conforme apontam os especialistas. Por outro lado, caso seja realmente liberado o saque emergencial, a tendência é que, assim como em 2020, a quantia seja transferida diretamente para a conta poupança social, na modalidade digital, da Caixa Econômica Federal. Assim, seria possível ao trabalhador movimentar o valor pelo aplicativo Caixa Tem, utilizando-o para pagar boletos e outras contas domésticas.

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Situação orçamentária do FGTS

Estudos indicaram, de acordo com a base governista, que há uma margem de liberação de recursos do FGTS que não compromete a sustentabilidade do programa. Além disso, foi publicado no Diário Oficial da União hoje, 22/01, uma reserva de R$ 77,4 bilhões para o fundo. A expectativa é que esse investimento ainda gere aproximadamente 1,5 milhão de empregos no país, tendo em vista os projetos que são contemplados pelo FGTS.

O ato normativo publicado ainda determina diretrizes e procedimentos gerais, com atenção especial às regras do Conselho Curador do FGTS, assim como do Gestor da Aplicação, no que se refere à distribuição, aplicação e controle dos recursos no exercício de 2021. Aproximadamente R$ 8 bilhões serão destinados aos financiamentos, em áreas urbanas ou rurais, da construção ou aquisição de unidades habitacionais novas, incluindo aquelas que passaram por reformas para reabilitação urbana.

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Há, ainda, previsão de programas de cartas de crédito individual ou associativo, além de apoio à produção de habitações, para descontos em financiamentos de pessoas físicas, para melhorar os sistemas de saneamento básico no país, entre outros. Quem assinou o ato foi Lucíola Aor Vasconcelos, diretora executiva da Caixa Econômica Federal.

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