Bolsonaro pode aumentar valor do auxílio emergencial; veja

Parlamentares que fazem parte do chamado Centrão do Poder Legislativo tem feito a sugestão para o presidente Jair Bolsonaro (atualmente sem partido político) aumentar o valor das parcelas do Auxílio Emergencial para R$ 400 reais.

A adoção desta possível medida de aumentar o valor do benefício emergencial está diretamente relacionada com uma importante estratégia política para que o presidente consiga ser reeleito no ano que vem, em 2022.

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A sugestão de aumentar o valor das parcelas do Auxílio Emergencial surgiu também por conta da queda da popularidade do presidente nas últimas pesquisas de opinião que vem sendo realizadas por diferentes institutos pelo país.

Inclusive, o baixo índice de aprovação fez com que o presidente Bolsonaro começasse a intensificar a movimentação da sua agenda de compromissos oficiais. Com isso, até mesmo um ato político ao seu favor foi marcado em algumas cidades do país.

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Porém, apesar dos esforços do presidente e de sua equipe, a sua maior presença em compromissos públicos ainda não fez surtir um efeito muito diferente nas pesquisas de opinião mais recentes. É como se as suas recentes aparições públicas não tivessem sido suficientes para mudar a impressão que a parte do eleitorado que se posiciona contra ele possui. Inclusive, esta atitude pode ter fortalecido os movimentos de oposição, que, ao seu modo, também marcaram dias de protesto.

Em uma das últimas pesquisas que foram realizadas pelo instituto Datafolha, por exemplo, o possível candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apareceu com 18 pontos à frente do presidente Bolsonaro na hipótese do 1º turno. E quando se considera a pesquisa realizada sobre um possível 2º turno entre os dois, a queda de apoio popular do atual presidente é ainda mais evidente. Pois nesse caso, a pesquisa indicou que Lula poderia vencer Bolsonaro com uma diferença de mais de 20% dos votos.

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Embora, em diversas oportunidades, o presidente Bolsonaro tenha insistido em negar a real eficácia das pesquisas de opinião, é fato que os levantamentos acenderam um sinal de alerta no Palácio do Planalto. Um alerta que indica que a popularidade do presidente pode não ser mais a mesma que o elegeu no período eleitoral de 2018.

Estratégias do Governo Federal para reconquistar apoio popular

Sobre as pesquisas de previsão eleitoral, alguns parlamentares de centro tem afirmado nos bastidores que o presidente não se ajuda e que é prejudicado pelos seus próprios discursos radicais. Ou seja, na opinião do Centrão, faltaria moderação ao presidente para que venha a reconquistar o apoio popular que, aparentemente, tem perdido.

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Com discursos que beiram ao extremismo em algumas ocasiões, assim como aqueles que promovem o negacionismo diante da pandemia do novo vírus no país, o presidente pode estar afastando até mesmo a parte do eleitorado que o apoiou em 2018. E a perda expressiva de eleitores pode ser ainda mais profunda do que as pesquisas indicam. E é justamente neste cenário que a discussão sobre o aumento do Auxílio Emergencial é retomada.

Nesse sentido, há uma parte do Congresso Nacional que confia em uma guinada do presidente caso ele venha a aprovar um valor mais alto para as parcelas do Auxílio Emergencial. Seria essa então uma das estratégias que o Governo Federal poderia adotar para fazer a população em geral voltar a confiar no Planalto.

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Com toda a certeza, é certo afirmar que o Auxílio Emergencial no ano de 2020 contribuiu para elevar consideravelmente a popularidade do presidente Bolsonaro. Porém, neste ano de 2021, com uma significativa redução do valor das parcelas do benefício, o mesmo programa está promovendo o efeito contrário no Governo. Ou seja, até mesmo uma boa parte das pessoas que recebem o auxílio não se declaram plenamente satisfeitas com o projeto do presidente.

Diante disso, o Governo Federal se apressa para lançar o novo Bolsa Família. E nesse sentido, uma nova formatação para o programa de distribuição de renda mais famoso do país seria a estratégia de Bolsonaro para fortalecer uma possível reeleição em 2022. Resta saber, portanto, se o novo Bolsa Família vai ter impacto positivo o suficiente para reverter o apoio popular que vem sendo perdido nos últimos meses.

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