Na última quarta-feira, 24 de março de 2021, uma live que foi transmitida diretamente pelas redes sociais reuniu os representantes de diversos sindicatos para abordar assuntos como o combate à pandemia, os benefícios sociais que vem sendo prometidos pelo Governo Federal, principalmente o Auxílio Emergencial, e especialmente o que deve ser feito daqui em diante.
Na transmissão ao vivo, alguns gestores estaduais também marcaram presença. Um deles foi a governadora Fátima Bezerra (Partido dos Trabalhadores – PT), do estado do Rio Grande do Norte (RN).
Na oportunidade que teve de falar durante a live sobre a atual crise sanitária que o país tem enfrentado, a governadora Fátima Bezerra (PT) declarou o seguinte: “Nós não conseguimos acompanhar a velocidade de transmissão do vírus. E é daí que vem a necessidade de termos medidas que sejam mais restritivas de distanciamento social”.
Ainda sobre esse assunto, a governadora continuou: “Sabemos que não tem sido fácil. Por um lado, a gente tem que conter a circulação de pessoas, mas ao mesmo tempo, essas mesmas pessoas também precisam se alimentar, tomar café, almoçar e jantar. E nós estamos em um país com um total de 14 milhões de desempregados. Estamos em um país em que, infelizmente, a voz do mercado é a voz que impera em detrimento da voz das populações sofridas dos trabalhadores e das trabalhadoras”.
Ainda de acordo com as palavras da atual governadora do estado do Rio Grande do Norte (RN), os governadores do Brasil publicaram uma carta que foi destinada ao atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que é do Partido Progressistas (PP) do estado do Alagoas (AL), e também ao Senado Federal, com um pedido para que seja garantida a renda da população em geral no atual período crítico da pandemia.
Live dos Sindicatos criticou valor do Auxílio Emergencial 2021 e defendeu Isolamento Social
Na carta comentada pela governadora Fátima Bezerra (PT), foram sugeridas algumas medidas que devem ser adotadas pelo Poder Legislativo no sentido de combater a pandemia o mais rápido que for possível. Afinal, o número de novos casos e óbitos pelo novo vírus tem crescido a cada dia, marcando recordes absurdos para o país.
Apesar disso, na live, a governadora não esclareceu maiores detalhes sobre o conteúdo desta carta que deve ser enviada pelos governadores à Câmara e ao Senado em breve. Também não deixou claro sobre quando esta carta vai ser enviada para o Congresso Nacional, mas garantiu que o envio será feito a curto prazo. Da mesma forma, não foi divulgada a informação de quais são os governadores que teriam assinado este documento.
Miguel Torres, que é representante da Força Sindical, também teve o seu momento de fala durante a live dos sindicatos. No seu momento, Torres fez duras críticas à redução do valor do Auxílio Emergencial. Em 2020, o valor original do benefício era de 600 reais por cada beneficiário. Neste ano, o Governo anunciou que pretende pagar valores que podem variar entre 175 e 350 reais. Mas apesar disso, até o momento, nenhum martelo foi batido em relação aos valores, informações que devem ser divulgadas já nos próximos dias pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes.
Miguel Torres se posicionou contra os valores que foram propostos pelo Governo Federal em relação às novas parcelas do Auxílio Emergencial em 2021 e, ao mesmo tempo, defendeu o lockdown de 21 dias, desde que seja feito em conjunto com outras políticas públicas que sejam capazes e efetivas no sentido de manter a renda mensal dos profissionais que atuam em diferentes categorias de trabalho. Afinal, não apenas os desempregados precisam de proteção econômica, como também aqueles que estão alocados em seus empregos com o receio de serem desligados a qualquer momento.
Nas palavras de Miguel Torres: “Não adianta ter o distanciamento social, com lockdown de 21 dias, se nós não tivermos o mínimo possível garantido para que as pessoas possam viver. Nesse sentido, o Auxílio Emergencial é fundamental nesse momento. E não pode ser de 150 ou 200 reais. O auxílio tem que ser de, no mínimo, 600 reais. Se não tivermos nem isso, não vamos conseguir passar por isso. Os hospitais estão lotados. Eles estão sem insumos”.