Fies: Sancionada Lei que permite a renegociação de débitos do Financiamento Estudantil

Fies

Fies (www,mec.gov.br)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, com um veto a proposta que permite a renegociação de dívidas referentes ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A referida sanção foi publicada na edição desta quarta-feira (22), do “Diário Oficial da União (DOU)”.

Conforme publicação, o presidente vetou um trecho que tira descontos concedidos no Programa Especial de Regularização Tributária da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). O argumento do mandatário é que a medida cria despesa sem apontar uma fonte de receita.

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De acordo com as regras, a medida provisória que autoriza a renegociação foi editada pelo governo federal em dezembro de 2021 e entrou em vigor a partir de sua publicação. No entanto, para se tornar uma lei definitiva, a MP precisava ser aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República.

Conforme legislação, o Fies é um programa pelo qual o governo federal paga as mensalidades de estudantes de graduação em instituições privadas de ensino superior enquanto eles cursam a faculdade. Por se tratar de um financiamento, o estudante precisa quitar a dívida posteriormente.

Quando a medida foi editada, o governo ressaltou que 2,4 milhões de contratos do Fies foram realizados até 2017 e que o saldo devedor soma R$ 106,9 bilhões, com mais de 1 milhão de alunos inadimplentes.

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Em relação a tais contratos cujas parcelas estão atrasadas há mais de 90 dias na fase de amortização (18 meses após conclusão do curso), de acordo com o governo, há um rombo de R$ 7,3 bilhões de dívidas não pagas pelos universitários.

A referida proposta beneficia estudantes com mais de 90 dias de atraso no pagamento das parcelas de financiamentos, contratados até o segundo semestre de 2017. As dívidas acumuladas após esse período não entram neste programa de renegociação.

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Regras

Desde o dia 7 de março, estudantes que estavam inadimplentes com o Fies ficaram autorizados a renegociar suas dívidas com Banco do Brasil ou Caixa. Os alunos deveriam seguir as regras publicadas inicialmente pelo governo, com descontos de até 92%. O Congresso, ao longo das votações, aumentou o percentual, que poderá chegar a até 99%.

O projeto deixou claro que aqueles inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou que tenham recebido o Auxílio Emergencial, em 2021, poderão negociar uma redução de até 99% no valor das dívidas.

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Para o restante dos estudantes, o limite máximo de redução é de 77% e ser quitada dentro de 12 anos e seis meses.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou que a renegociação dos débitos irá até 31 de agosto de 2022. Veja abaixo as modalidades de renegociação:

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A renegociação está disponível em duas situações, veja abaixo:

Estudante com atraso superior a 360 dias:

Pagamento Fies

O Fies possui três fases para pagamento das parcelas:

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