Auxílio Brasil: fila de espera já chega a 2,8 milhões de famílias

Embora tenha sido zerada no início deste ano de 2022, de acordo com informações do próprio Ministério da Cidadania, a fila dos brasileiros que estão à espera de receber o benefício do Auxílio Brasil voltou a estar em uma curva de crescimento. É isso o que revela um estudo da CNM (Confederação Nacional de Municípios), que mostra que o número de 2.788.362 famílias que atendem aos requisitos para receber o benefício ainda não tiveram acesso a ele até o mês de abril passado.

A chamada demanda reprimida teve um salto de 113% em relação ao mês de março deste ano, que foi o período em que o número de famílias à espera de receber o benefício social era de 1.307.930. Assim sendo, o número de 1.480.432 de famílias que se somaram à demanda reprimida no mês de abril é maior do que o total de beneficiários registrado no mês de março.

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O estudo da CNM ainda revela que o número de famílias que poderiam estar recebendo os valores mensais do Auxílio Brasil está próximo do patamar de aproximadamente 3 milhões de pessoas que estavam na fila no mês de dezembro do ano passado e foram então incluídas no programa, zerando a fila já no mês de janeiro deste ano, logo depois de o Governo fazer a transição do Bolsa Família para o Auxílio Brasil.

Ainda lembrando que, para receber o benefício, as famílias precisam atender às condições do programa, e estarem inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Nesse sentido, não é preciso se inscrever especificamente para o benefício, uma vez que o governo avalia, por meio dos dados que são constantes do CadÚnico, os brasileiros que são elegíveis. Dessa forma, a demanda reprimida então leva em consideração qual é o número de inscritos no Cadastro que se encaixam para o recebimento do benefício.

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Auxílio Brasil – Programa deveria ter 20,5 milhões de famílias

No mês de julho de 2021, por exemplo, havia uma demanda pelo acesso ao programa, que ainda se chamava Bolsa Família na época, de 2,41 milhões de famílias. Já no mês de novembro de 2021, este número saltou para mais de 3,18 milhões de família, o que representa um aumento de 32% no período de 4 (quatro) meses.

Por outro lado, no mês de janeiro, o número de famílias na fila de espera do benefício apresentou uma queda considerável de 86,4%, para 434,2 mil. Isso somente foi possível a partir do movimento de inclusão de 3 milhões de novas famílias no programa. Por sua vez, no mês seguinte, em fevereiro deste ano, observou-se um salto de 142% na quantidade de famílias sem acesso ao benefício, fazendo esse número passar para mais de 1 milhão. No mês de março, o aumento registrado foi de 25%, passando para 1,3 milhão de famílias à espera.

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O estudo mostra que, no mês de julho de 2021, havia mais de 25 milhões de famílias cadastradas no sistema do Cadastro Único (CadÚnico), e desse total, um número de aproximadamente 19,1 milhões se encaixavam nos requisitos para começar a receber o benefício, ou seja, isso significa que 76% das famílias brasileiras inscritas no CadÚnico deveriam estar incluídas no programa social de distribuição de renda. Entretanto, o número de beneficiários era de 16,7 milhões, segundo os resultados encontrados pela CNM.

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