Violência nas escolas: Brasil lidera o ranking

Violência nas escolas: Brasil lidera o ranking

Violência nas escolas: Brasil lidera o ranking

Violência nas escolas: Brasil lidera o ranking, de acordo com a pesquisa da OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico; pois aproximadamente 12,5% dos professores brasileiros disseram sofrer violência verbal ou intimidação de alunos; pelo menos uma vez por semana.

De acordo com a OCDE, o Brasil ocupa a primeira posição no ranking. Em segundo lugar aparece a Estônia com 11%; seguida pela Austrália com 9,7%. A referida pesquisa foi realizada em 34 países, com a participação de 100 mil professores e diretores dos ensinos fundamental e médio.

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Questionário Prova Brasil 2015

Outra pesquisa mostra que mais de 22,6 mil professores foram ameaçados por estudantes e mais de 4,7 mil sofreram atentados à vida nas escolas. Os dados são referentes ao questionário da Prova Brasil 2015; aplicado a diretores, alunos e docentes do 5º e do 9º anos do ensino fundamental de todo o País.

Violência entre estudantes

A violência também ocorre entre estudantes, pois aproximadamente 71% dos professores presenciaram agressões verbais ou físicas entre eles. As informações estão disponíveis na plataforma Qedu.

Caso mais recente de violência contra o Professor

Na postagem feita por Marcia Friggi, professora de Português do estado de Santa Catarina; atacada por um aluno nesta semana, ela afirma que não sabe se voltará a dar aula. De acordo com suas informações, após uma discussão em sala de aula, em que o aluno a teria insultado e jogado um livro nela, pediu para que o aluno se retirasse da sala. E ele avançou contra ela.

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Ainda conforme postagem “Estou dilacerada por ter sido agredida fisicamente. (…) Estou dilacerada porque me sinto em desamparo, como estão desamparados todos os professores brasileiros. Estamos, há anos, sendo colocados em condição de desamparo pelos governos. A sociedade nos desamparou”, desabafou.

Em nota, a prefeitura de Indaial SC, disse que a Secretaria de Educação e a Promotoria avaliarão o procedimento com relação ao aluno. “Após a ocorrência, a família do aluno e o Conselho Tutelar foram acionados até o Ceja. Devido ao tipo de agressão, o caso seguiu para a Promotoria da Justiça da Infância e da Adolescência”.

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Referência para os estudantes

De acordo com a presidente-executiva da organização Todos Pela Educação, Priscila Cruz, o primeiro passo é reconhecer que a escola sozinha não é capaz de prevenir a violência.

“Muitas vezes, a referência dos estudantes está em casa ou na comunidade. É preciso trabalhar a cultura de paz nas escolas e motivar a solução não violenta de conflitos, propor oportunidades de vivenciar projetos em que soluções pacíficas são executadas, fazer com que eles se coloquem em soluções reais. Qualquer violência escolar não é um problema só da educação”.

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De acordo com a coordenadora executiva da Comunidade Educativa (Cedac), Roberta Panico, essa violência é uma reprodução do que ocorre fora da escola; mas há outro tipo de agressão praticada pela escola contra o aluno, da qual pouco se fala; pois  segundo ela “a sociedade está mais violenta, mas ir para uma escola suja, quebrada, não aprender o que deveria, isso também é violência”.

Ainda conforme Panico, a escola é brutal com quem não se encaixa em seus moldes. “Os mais indisciplinados, muitas vezes, são muito inteligentes, mas não se encaixam nas regras”, acredita.

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Segundo ela “a escola desafia pouco esses alunos, intelectualmente. A juventude é uma idade de transgressão e a escola precisa transformar em uma transgressão positiva, em um envolvimento em trabalhos sociais. Esses alunos respondem bem a responsabilidades, eles se sentem valorizados”, analisa.

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