Sequestro digital nova onda de crime virtual, que assola várias partes do mundo, pois com os cibertaques da última sexta-feira, 12 de maio, que afetaram mais de 300 mil computadores em 150 países; muita gente ouviu pela primeira vez o termo sequestro digital.
Sequestro Digital nova onda de crime virtual
Veja abaixo alguns indicativos do sequestro digital:
-É parecido com o sequestro físico.
-Esse golpe virtual solicita um resgate em dinheiro para liberar o que foi capturado de seu computador;
-A diferença é que, no ataque a computadores, o que fica retido são os arquivos digitais das vítimas – vídeos, fotos, áudios, textos, planilhas e outros.
-Os criminosos criptografam os dados, ou seja, embaralham o caminho até eles, de forma que eles fiquem inacessíveis aos usuários.
Abaixo um exemplo para entender melhor
É como se, para chantagear alguém, criminosos alterassem a fechadura de uma casa. A vítima não consegue entrar, porque a chave não funciona e não abrirá a porta. O impedimento para entrar servirá para apavorar a vítima, mas isso não quer dizer que os criminosos tenham roubado o que estava dentro da casa.
Tal comparação faz sentido porque, em casos como o do WannaCry; vírus de resgate que se espalhou na semana passada, os criminosos não têm acesso aos arquivos sequestrados.
O vírus não é programado para roubar os dados, mas bloqueiará o acesso das vítimas aos seus arquivos. Veja abaixo o funcionamento do sequestro digital.
Infecção
Uma possibilidade mais provável para os ataques da semana passada é que o vírus tenha se espalhado por meio de e-mails maliciosos, aqueles que têm links ou anexos suspeitos. Tal método é muito usado pelos golpistas que praticam o sequestro digital.
No caso do WannaCry, o vírus também recebeu a ajuda de uma brecha no Windows, sistema operacional da Microsoft, que é o mais comum em computadores. A empresa já havia corrigido o erro no dia 14 de março, mas apenas nas versões mais atualizadas do sistema. Abaixo algumas dicas de prevenção:
-Mantenha o sistema operacional do seu computador sempre atualizado;
-Tenha muito, muito cuidado ao abrir links e arquivos recebidos por e-mail. Procure, primeiro, saber qual a procedência do arquivo e se ele é confiável;
-Faça cópias de segurança, que é o backup de seus arquivos mais importantes. Você poderá copiá-los em outros dispositivos, como pen drives, HDs externos, ou enviá-los para serviços de armazenamento na nuvem, como Google Drive, iCloud e Dropbox.
Como é a ação do vírus?
Ao infectar um computador, o vírus de resgate passa a embaralhar os dados dos arquivos guardados, usando criptografia. Eles se tornam ilegíveis para a máquina e, por isso, o usuário não consegue acessá-los. Durante o momento da infecção, o vírus gera uma chave, que é enviada aos criminosos e decifrada através de uma espécie de “chave-mestra” mantida pelos golpistas.
O resultado dessa decodificação é a solução para recuperar os arquivos. Quando o resgate é pago; e caso os criminosos cumpram o acordo; não há devolução das informações à vítima, mas sim o recebimento de uma chave decodificada, que permitirá ao próprio vírus desbloquear os dados. Dessa forma, no caso do WannaCry, toda operação é feita sem que os golpistas tenham acesso ao conteúdo dos arquivos.
Resgate
A vítima perceberá facilmente que é alvo de um sequestro digital. Normalmente, uma tela informa o procedimento imposto pelos criminosos para recuperação dos arquivos. Nos ataques com o WannaCry, foi solicitado um resgate mínimo de US$ 300 por vítima. O pagamento seria feito em bitcoin, moeda virtual que dificulta o rastreamento.
Os criminosos estipularam prazo de três dias. Depois disso, o preço era duplicado. Após sete dias, os arquivos seriam perdidos para sempre, de acordo com o comunicado. Para ter de volta os arquivos, é preciso ter acesso à chave que está nas mãos dos golpistas; o que torna praticamente impossível a recuperação das informações sem o pagamento do resgate.
Não existe garantia de que os dados serão recuperados com o recebimento do resgate. O pagamento não é recomendado por especialistas em segurança digital, já que, além do risco de os arquivos não serem devolvidos, ele incentiva a realização da fraude e a continuação dela.
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