Operação Carne Fraca provoca redução do consumo de carne no Brasil

Operação Carne Fraca provoca redução do consumo de carne no Brasil (http://www.humorpolitico.com.br/pt/carne-fraca/)

Operação Carne Fraca provoca redução do consumo de carne no Brasil (http://www.humorpolitico.com.br/pt/carne-fraca/)

Operação Carne Fraca provoca redução do consumo de carne no Brasil, pois após a deflagração pela Polícia Federal em março de 2017, da Operação Carne Fraca; que apontou problemas em lotes de carnes vendidas no mercado interno e externo; que alterou  a credibilidade da qualidade do produto; além de gerar uma redução de 20,8% do consumo de carne bovina no país.

Operação Carne Fraca provoca redução do consumo de carne no Brasil

A verificação na redução de consumo de carne é resultado da pesquisa realizada pelos professores Filipe Quevedo-Silva e Caroline Pauletto Spanhol Finocchio, da ESAN; e o professor Otávio Freire, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo; para saber qual foi o real impacto da Operação para o consumidor brasileiro.

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De acordo com o pesquisador “A ideia inicial era a de pesquisar marcas de carne no Brasil, porque anos atrás não tínhamos nomes fortes relacionadas a esse produto, mas isso vinha mudando. Contudo, no meio desse processo aconteceu a Operação Carne Fraca. Por isso, decidimos tentar entender como as notícias publicadas teriam afetado a percepção do consumidor, a confiança em relação ao consumo de carne bovina”.

Na semana posterior à operação, que foi realizada em 17 de março, foi iniciada a pesquisa “Carne Fraca, Risco e Varejo de Carne Bovina: efeitos da mídia sobre o consumidor brasileiro”. Pouco mais de 400 pessoas foram entrevistadas em todo território nacional, em coleta online, com aproximadamente 40 perguntas, estratificada por consumo per capita de carne, de forma que bem representasse o consumidor brasileiro.

A pesquisa identificou que 98% das pessoas haviam ouvido falar da Operação Carne Fraca e 68,4% associaram as notícias a uma crise nacional no sistema de produção.

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Entenda a Operação Carne Fraca

A Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal, em março de 2017, tinha o objetivo de apurar o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa); em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. A investigação da PF indicou que eram usados produtos químicos para maquiar carne vencida; e água era injetada nos produtos para aumentar o peso.

As carnes irregulares eram vendidas no Brasil e no exterior. Há ainda registros de casos de papelão em lotes de frango e carne de cabeça de porco em linguiças.

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A partir desta deflagração, conforme a PF, o que se verificou foi a existência de organizações criminosas estruturadas no âmbito da Superintendência Federal de Agricultura do Paraná; envolvendo sua mais alta cúpula, além de crimes envolvendo outras unidades da Federação e o próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

De acordo com o delegado Maurício, “os crimes cometidos por tais organizações atingem diretamente a saúde pública pela omissão daqueles que deveriam fiscalizar; e pelos interesses escusos de empresários comercializam produtos alimentícios em desacordo com as normas; colocando em risco à saúde dos consumidores, buscando apenas aumentar seus lucros”.

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O delegado da PF destacou ainda que para deixar de cumprir com seus deveres funcionais de fiscalização, “agentes públicos solicitam e recebem desde dinheiro até “ovos” e “botas de borracha” de empresários corruptores; que se beneficiam do sistema para o não cumprimento de leis e regulamentos; que visam a garantir a qualidade do produto de consumo comercializado para população”.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, no indiciamento foi possível verificar, que muitos desses agentes públicos corruptos se valiam de seus familiares para lavar o dinheiro recebido dos empresários corruptores; possuindo patrimônio totalmente incompatível com suas rendas.

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Conforme informações da Polícia Federal, ao todo, 21 empresas são investigadas na operação; desde as gigantes JBS e BRF, que controlam marcas como Seara, Perdigão e Friboi; e frigoríficos menores como Master Carnes, Souza Ramos e Peccin.

Esquema no Paraná

Conforme investigações, o esquema no Paraná era comandado pelo ex-superintendente regional do Mapa, Daniel Gonçalves Filho; e pela chefe do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Maria do Rocio Nascimento, que trabalham em Curitiba. Os dois estão presos no Paraná.

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Segundo a PF, a confiança nas solicitações feitas ao MAPA era tão grande, que mesmo antes da confirmação dos fatos; o gerente de relações institucionais e governamentais da empresa Brasil Foods Roney Nogueira dos Santos; comentou por telefone com outros funcionários que Maria do Rocio já havia garantido que o retorno seria positivo.

Os envolvidos no indiciamento da Operação Carne Fraca aguardam maiores informações; e tentarão buscar na defesa explicar os fatos e aguardará o posicionamento do Ministério Público Federal.

Prejuízos para as empresas e para o Brasil

A Operação Carne Fraca desencadeou diversas notícias que se espalharam rapidamente em todas as regiões do planeta. Diversos importadores mundiais cancelaram as negociações e implantaram normas mais rígidas para retomada daimportação das carnes brasileiras. Tal fato manchou mais uma vez a imagem do País, que sofre com o mau comportamento dos gestores públicos.

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