Guerra Civil da Síria e os ataques de armas químicas

A guerra civil na Síria está em curso desde 2011, considerada como o conflito de maior repercussão internacional da atualidade. As raízes dessa guerra estão diretamente relacionadas à Primavera Árabe, que se espalhou pelas nações islâmicas na virada de 2010 para 201; na luta por melhorias democráticas. Atualmente, a guerra civil na Síria tem contornos totalmente distintos, que envolvem os interesses geopolíticos de diversas potências no Oriente Médio.

A guerra está constantemente em evidência por causa de todo o desastre humanitário que se instalou no país. Recentemente, um novo ataque químico realizado na Síria repercutiu internacionalmente e enfureceu as autoridades de nações ocidentais como Estados Unidos, França e Reino Unido.

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Ataque mais recente

O referido ataque com armas químicas aconteceu em Guta Oriental, no dia 8 de abril de 2018; e as estatísticas em relação ao número de mortos varia de acordo com as diferentes fontes;mas o número mais aceito gira em torno de 40 mortos. Esse é o terceiro ataque químico ocorrido na Síria ao longo desses anos de conflito. O ataque recente foi atribuído, pelos EUA e por outras nações, ao governo de Bashar al-Assad. O governo sírio e seus aliados (Irã e Rússia) negaram o envolvimento desse governo nessa ofensiva.

A resposta das potências ocidentais a esse ataque foi uma ofensiva contra diferentes posições estratégicas; na qual, segundo os EUA, eram produzidos e armazenados os armamentos químicos do governo sírio. O ataque foi uma ação conjunta dos EUA, França e Reino Unido; e lançou 105 mísseis contra pontos localizados em Damasco e Homs.

Conforme informações dos representantes dessas três nações, o ataque não faz parte de uma ação pela derrubada de Bashar al-Assad; mas é apenas uma resposta ao uso de armas químicas. Essa investida também chama a atenção pela possibilidade de escalada na tensão entre os EUA (opositor a Bashar) e a Rússia (aliada de Bashar).

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A guerra civil síria já causou, aproximadamente, 500 mil mortes;mas há, no entanto, muita divergência entre as fontes que levantam essas estatísticas; e fez com que mais da metade da população síria fosse obrigada a abandonar suas casas. Atualmente, estima-se que mais de cinco milhões de pessoas tenham se refugiado no exterior. Leia mas sobre a crise dos refugiados.

Abaixo as principais questões que ajudam a entender esse conflito: as origens, os grupos internos que lutam entre si, os diferentes interesses internacionais nessa guerra e as formas como esse assunto pode ser cobrado no Enem.

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Origens do conflito

A guerra civil síria iniciou-se no início de 2011 e está relacionada com os protestos ocorridos no país em razão da Primavera Árabe; que percorreu o mundo árabe a partir dos últimos meses de 2010. A Primavera Árabe consistiu basicamente em uma série de protestos em que a população exigia melhorias na qualidade de vida e avanços democráticos em seus países.

Tais protestos começaram em dezembro de 2010, na Tunísia, e espalharam-se pelas nações vizinhas. No caso da Síria, no começo de 2011, a população iniciou os protestos contra o ditador Bashar al-Assad; que governa o país desde 2000. Os primeiros movimentos desse tipo surgiram em março de 2011, em Deraa, no sul do país.

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A situação na Síria começou a sair do controle quando as forças governamentais passaram a reprimir os protestos violentamente. Isso gerou uma resposta da população, que passou a pegar em armas para defender-se da violenta repressão do governo sírio. Tal quadro de tensão ampliou-se, e os confrontos entre esses grupos de rebeldes e as tropas do governo de al-Assad tomaram a dimensão de uma guerra civil.

A guerra na Síria começou, portanto, por motivações políticas entre os apoiadores e os opositores do regime de Bashar al-Assad. A continuidade e o crescimento da guerra fizeram com que ela tomasse proporções de sectarismo religioso, com o governo que representa a minoria xiita alauíta lutando contra as forças rebeldes de jihadistas sunitas. Atualmente, esse conflito tem importância fundamental para os interesses geopolíticos das nações envolvidas no Oriente Médio.

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