Unicamp 2019: Proposta de cotas, vestibular indígena e vagas Sisu

Unicamp 2018: Resultado disponível

Unicamp 2018: Resultado disponível

Unicamp 2019: Proposta de cotas, vestibular indígena e vagas Sisu; pois a Instituição estuda a possibilidade de ampliação de ingresso em sua seleção.

Conforme a proposta da Unicamp, no vestibular, 65% das vagas serão preenchidas pela ampla concorrência e 15% pelas cotas para autodeclarados pretos ou pardos.

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No SISU, 10% das vagas serão reservadas para autodeclarados pretos ou pardos (sendo 5% para autodeclarados pretos e pardos que cursaram escola pública e 5% para pretos e pardos de qualquer escola) – e 10 %das vagas serão reservadas para candidatos que cursaram o ensino médio em escolas públicas.

Vestibular Unicamp 2019

Desta maneira, a Unicamp estabelecerá para o Vestibular 2019 25% de COTAS ÉTNICO-RACIAIS; mas com a meta de ter a representatividade da diversidade étnica da população do Estado de São Paulo.

Os indígenas serão contemplados por um vestibular próprio, o Vestibular Indígena; mas também poderão participar da seleção pelo SISU nos 5% de escola pública reservada para os autodeclarados pretos e pardos.

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O objetivo das mudanças é promover a diversidade acadêmica; além de diminuir a desigualdade no acesso ao ensino superior.

PAAIS – Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social

O PAAIS, que prevê pontos extras na nota do vestibular para alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas, vigora desde o Vestibular Unicamp 2005 e será mantido, mas terá sua pontuação e público alterados. A pontuação, adicionada à nota final da primeira e da segunda fases do vestibular; passará a ter a seguinte distribuição: 40 pontos para estudantes que cursaram todo o ensino médio na rede pública; 20 pontos para estudantes que cursaram todo o ensino fundamental II na rede pública.

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Para aqueles estudantes que fizeram tanto o ensino fundamental II como o ensino médio em escolas públicas; a pontuação será cumulativa, ou seja, serão adicionados 60 pontos às notas das provas. Em relação ao público, o PAAIS deixará de abranger os autodeclarados pretos, pardos e indígenas; que passarão a ser contemplados pelas outras formas de ingresso propostas.

Vagas pelo SISU

O Sistema de Seleção Unificada (SISU) é um processo de admissão para o ensino superior organizado pelo INEP/MEC; do qual podem participar os estudantes de todo o país; que se submeteram ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tendo obtido nota na redação diferente de zero.

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Tal processo acontece duas vezes por ano – em janeiro e em junho. Na Unicamp, a adesão ocorrerá no oferecimento de janeiro, coincidindo com o processo do vestibular e em tempo hábil para as matrículas de ingressantes no primeiro semestre de cada ano letivo.

A Unicamp passará a ofertar 20% das vagas pelo SISU nos cursos em que haja, no mínimo, 10 vagas oferecidas a cada ano de ingresso e que não exijam provas de habilidades específicas.

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As vagas oferecidas pelo SISU serão distribuídas da seguinte forma:

-10% para estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escola pública;

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-5% para estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escola pública; e que sejam auto-declarados pretos, pardos ou indígenas;

-5% para os demais estudantes auto-declarados pretos e pardos. Cada curso da Unicamp poderá, a seu critério; estabelecer pesos diferenciados para as diferentes áreas de conhecimento avaliadas pelo ENEM; além de definir notas mínimas de desepenho dos candidatos no ENEM.

 Adoção de cotas étnico-raciais

A adoção do princípio de cotas étnico-raciais, aprovada pelo Conselho Universitário em 30 de maio de 2017 (Deliberação CONSU-A-08/2017); foi amplamente debatida pela comunidade universitária e expressou o reconhecimento de que a Unicamp deve definir políticas para ampliar a diversidade étnico-racial do seu corpo discente; de modo a garantir que os diferentes grupos da sociedade estejam representados entre os estudantes admitidos na instituição; permitindo, assim, acesso a uma formação de qualidade a grupos tradicionalmente excluídos.

O objetivo da proposta é, a partir do percentual estabelecido e das demais propostas nas outras modalidades, atingir a meta de representação da população autodeclarada preta e parda no Estado de São Paulo (37,2%, segundo o IBGE).

As vagas não preenchidas nas chamadas do SISU serão transferidas para o vestibular, considerando-se a redistribuição entre optantes e não optantes por cotas. Caso um curso não tenha optantes por cotas aprovados, nas diversas chamadas, a vaga será transferida para a ampla concorrência.

Vestibular indígena

A proposta de criação de um vestibular específico para os povos indígenas é fundamentada a partir de recomendações legais; da implementação de políticas públicas e da mobilização dos estudantes indígenas para o acesso desses grupos ao ensino superior no Brasil.

Apesar da inclusão de autodeclarados indígenas estar prevista na Política de Ações Afirmativas da Unicamp desde 2004 (PAAIS); o número médio de ingressantes por ano é baixo (com variação de 7 a 17 estudantes matriculados/ano) e não houve uma política institucional específica para a inclusão e permanência desses estudantes.

A proposta do GT é que sejam reservadas, no mínimo duas vagas, a serem preenchidas após a primeira chamada do vestibular. Ou seja, o curso subtrairá duas vagas das sucessivas listas do vestibular. Na implantação gradativa, até 2021, recomenda-se, após ouvir as unidades de ensino e pesquisa; a oferta de vagas nos seguintes cursos: Medicina, Ciências Biológicas, Farmácia, Enfermagem, Educação Física, Nutrição, Ciências Sociais, Letras, Linguística, Pedagogia, Geografia, História, Filosofia, Administração, Comunicação Social – Midialogia e Engenharia Agrícola. Serão admitidos autodeclarados indígenas que possuam vínculo com sua comunidade como critério de inscrição de indígenas de todas as unidades da federação (residentes em Terras Indígenas, Reservas e/ou cidades). O calendário do vestibular indígena deve ser autônomo em relação ao Vestibular Unicamp. Recomenda-se que o vestibular ocorra de forma descentralizada, em no mínimo três capitais de diferentes regiões do país e que seja elaborado pela Comvest e realizado junto com outras universidades públicas no Estado de São Paulo. Cada vaga disponibilizada para estudante indígena deverá ser acompanhada de bolsas-permanência ofertadas pela Unicamp.

Fonte (http://www.comvest.unicamp.br/unicamp-discute-proposta-de-cotas-etnico-raciais-vagas-pelo-sisu-e-vestibular-indigena-para-o-vestibular-2019/)

 

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