USP adere à política de cotas e ao Enem, pela primeira vez em mais de 100 anos de história; pois a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) aplicará uma política de cotas raciais para os ingressantes no curso de graduação em medicina mais prestigiado do país.
A Congregação da faculdade (órgão máximo de decisão da FMUSP) aprovou a adesão parcial ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu); que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar estudantes.
De acordo com a Usp, 50 das 175 vagas de medicina em 2018 serão selecionadas via Sisu/Enem; e 125 continuarão oferecidas pela Fuvest.
Anualmente, a faculdade, localizada nas Clínicas, Zona Oeste de São Paulo, abre 175 vagas para novos calouros de medicina.
Distribuição das vagas 2018
Segundo nota publicada pelo Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (Caoc), a maioria dos membros presentes na reunião desta sexta aprovou dividir essas 175 vagas em 2018 da seguinte forma:
-Fuvest: 125 vagas (ou 71,4% do total) seguem destinadas ao vestibular tradicional da Fuvest, que já aplica uma política de bônus progressiva aos estudantes de escola pública, incluindo bônus adicional a estudantes que se autodeclarem pretos, pardos e indígenas (PPI)
-Sisu: 50 vagas (ou 28,6%) serão oferecidas pelo Sisu 2018 aos estudantes inscritos no Enem 2017; dessas 50 vagas, 10 serão reservadas para candidatos de ampla concorrência, 25 para candidatos que tenham feito o ensino médio em escola pública, e 15 vagas para candidatos da rede pública que se autodeclarem pretos, pardos e indígenas.
De acordo com José Otávio Auler, o principal motivo da adesão parcial da FMUSP ao Sisu é a tentativa de acelerar o processo de inclusão de estudantes oriundos da escola pública na Universidade de São Paulo. A meta da instituição é ter, em 2018, 50% dos seus calouros vindos da rede pública de ensino médio.
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