Questão comentada sobre “guerras justas”, da UFSCar.

Confira questão sobre guerras justas

(UFSCar/2006) As injustiças e tiranias, que se têm executado nos naturais destas terras, excedem muito às que fizeram em África. Em espaço de quarenta anos se mataram e se destruíram por esta costa e sertão mais de dois milhões de índios, e mais de quinhentas povoações como grandes cidades, e disto nunca se viu castigo. Proximamente, ao ano de 1655, se cativaram no rio Amazonas dois mil índios, entre os quais muitos eram amigos e aliados dos portugueses, e vassalos de Vossa Majestade, tudo contra a disposição da lei que veio naquele ano a este Estado, e tudo mandado obrar pelos mesmos que tinham maior obrigação de fazer observar a mesma lei; e também não houve castigo: e não só se requer diante de V.M. a impunidade destes delitos, senão, licença para os continuar.
(Pe. Antônio Vieira. Carta a el-rei D. Afonso VI, 1657.)

Sobre o documento e o contexto histórico em que foi produzido, é correto afirmar:
A) as leis portuguesas estabeleciam para as populações indígenas uma situação pior de exploração do que a prevista para a escravidão africana.
B) o interesse dos padres jesuítas era garantir para suas missões a abundância de mão de obra indígena.
C) as denúncias eram infundadas porque ao Estado português não interessava destruir uma parte de seus súditos.
D) a escravidão africana era mais amena do que a indígena porque o valor do escravo garantia que sua vida fosse poupada.
E) a legislação portuguesa, que permitia a escravização de indígenas nas denominadas guerras justas, favorecia ações criminosas dos colonos.

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Resolução:
A legislação portuguesa considerada “guerra justa” aquela que os colonos realizavam em retaliação às ações agressivas praticadas pelos indígenas. Acontece, porém que, em muitos casos, essas ações agressivas eram invenções dos colonos para, assim, escravizar os indígenas pela “guerra justa”.
Resp.: E

Veja também:
Questão sobre guerra civil espanhola, do Enem.

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