PEC da Transição: relator aplica mudanças no texto original; confira

O relator da PEC da Transição, o senador Alexandre Silveira, do PSD de Minas Gerais (MG), fez a proposta de uma regra que viria a substituir o teto de gastos em vigor, que acaba por limitar o aumento das despesas públicas na variação da inflação do ano anterior.

Em seu parecer oficial, o senador escreveu o seguinte: “Em primeiro lugar, é importante reconhecer que o Teto de Gastos não consegue, há muito tempo, ser uma âncora fiscal crível”.

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Despesas públicas em 2022 e emendas

A nova versão, que foi proposta pelo relator, mantém a permissão para o governo gastar, fora do teto de gastos, o excesso de arrecadação desse ano, limitando a despesa a até R$ 23 bilhões de reais.

No entanto, o que Alexandre Silveira fez foi alterar a redação para permitir que esse excesso já possa ser utilizado no final deste ano de 2022. A primeira versão da proposta autorizava o gasto somente no ano que vem (2023).

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Esse é um dinheiro que somente poderá ser utilizado para o governo de Jair Bolsonaro fechar as contas públicas neste ano. E então, a questão é que a atual gestão do Palácio do Planalto está sem dinheiro para pagar perícias, remédios, passaportes e outros gastos públicos previstos.

Para além disso, o montante poderá ser utilizado para liberar o pagamento das emendas do relator e atender os parlamentares. Atualmente, o total de R$ 7,7 bilhões de reais está bloqueado para cumprir com as regras que foram impostas pelo teto de gastos.

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Essas emendas são chamadas de orçamento secreto por conta da falta de transparência em relação aos critérios de distribuição e ainda devido à ausência de fatores técnicos sendo aplicados no momento da alocação do dinheiro. Nesse sentido, nem sempre é possível verificar a real autoria das indicações. Ou seja, nem sempre é possível dizer qual político está beneficiando o seu reduto eleitoral com obras ou outros tipos de investimento público.

Demais tópicos

O relatório que foi apresentado pelo senador Alexandre Silveira (PSD – MG) na última terça-feira, dia 6 de dezembro, ainda exclui do teto de gastos, por tempo indeterminado, os seguintes pontos:

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