Lockdown em Búzios é suspenso pelo Tribunal de Justiça do Rio

Não cabe ao Poder Judiciário tomar decisões administrativas ou elaborar políticas públicas no lugar do Executivo. Com esse entendimento, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu, nesta quinta-feira (17/12), decisão da 2ª Vara de Armação de Búzios (RJ) que havia ordenado o fechamento de praias e hotéis e proibido o trânsito de turistas na cidade.

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Entenda a situação

O juiz titular da 2ª Vara de Búzios, Raphael Baddini de Queiroz Campos, declarou lockdown na cidade devido ao aumento no número de casos de Covid-19 e da ocupação de leitos hospitalares.

Essa decisão pegou muitas pessoas de surpresa e indignou os comerciantes, visto que os turistas, de acordo com a decisão do juiz, teriam que deixar a cidade até sábado dia 19 de dezembro.

A decisão do Juiz fez com que a Prefeitura de Búzios retrocedesse imediatamente com a flexibilização em relação ao funcionamento e a abertura da cidade, uma vez que o Decreto 1.366 promove:

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Os cidadãos só poderiam sair às ruas para atividades inadiáveis, estritamente relacionadas à alimentação, a saúde e ao trabalho. Apenas moradores e trabalhadores de Búzios poderiam entrar na cidade.

Segundo a decisão, os hotéis teriam 72 horas para desocupar os quartos e novas reservas ficariam proibidas.

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O prefeito da cidade de Búzios André Granado e o município foram multados em R$ 10 mil cada um, por descumprirem um acordo firmado com o Ministério Público para o enfrentamento do Coronavirus.

Comerciantes de Búzios fazem protesto

Na quinta-feira, dia 17 de dezembro, comerciantes e donos de estabelecimentos da rede hoteleira fizeram uma manifestação desde o inicio da manhã em frente ao fórum do município.

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Mais de 500 pessoas que trabalham com passeios de barco, trabalhadores de hotéis e comerciantes começaram o protesto por volta das 8h30 contra as medidas de fechamento total do balneário e o retrocesso na flexibilização das atividades comerciais e turísticas, que é a mola de sustentação da economia da cidade de Búzios.

A avenida principal da cidade foi tomada pelos protestantes que buzinavam, exibiam placas, cartazes e gritavam frases como “Búzios não fecha” e “Lockdown não’’ e “Precisamos Trabalhar”.

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