Liberação do auxílio BEm é adiada

Desde o início de 2020, o mundo está sendo assolado com a pandemia do novo coronavírus, que vem resultando em uma série de tragédias no Brasil, como a morte de centenas de milhares de pessoas, desemprego e instabilidade econômica.

Com a tentativa de conter o avanço desses problemas todos, o governo federal, em parceria com os ministérios da cidadania e da economia, criou diversas medidas cautelares, para minimizarem o colapso que os cidadãos vêm sendo submetidos.

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Uma dessas medidas é o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que tem como objetivo principal, subsidiar parte do salário dos trabalhadores que precisaram ter suas jornadas de trabalho reduzidas, em virtude do lockdown, e da intermitência de abertura do comércio, a fim de conter o avanço de transmissão e contaminação por Covid 19.

O programa funciona como complemento salarial, onde uma porcentagem (até 50%) do salário dos trabalhadores é paga pela empresa onde o cidadão já exerça atividade e outra porcentagem, a firma paga, variando de acordo com a diminuição nas horas trabalhadas, ou ainda, em casos de suspensão de contratos de trabalho.

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Essa foi uma das ferramentas criadas pelo ministério da economia, através da Medida Provisória (MP) de número 936, e visa apoiar empresas e empregados, assim, preserva o emprego, a renda e minimiza os prejuízos causados pela pandemia do coronavírus.

Ao todo, em 2020, quase 5 milhões de brasileiros receberam parte de seus salários e tiveram seus empregos garantidos, mesmo com diminuição de jornada de trabalho, através do programa BEm.

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A equipe econômica do Governo de Jair Bolsonaro esperava poder retornar com o benefício em poucos dias, entretanto, em decorrência de algumas brechas no que se relaciona a origem dos gastos para bancar o programa, a disponibilização dele para os trabalhadores precisou ser adiada.

De acordo com fontes seguras, o ministério da economia, principal órgão do governo responsável pelo benefício, encontrou resistência no Presidente, que não aprovou o texto da proposta para reeditar o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), por onde deveria ter retirado o dinheiro para financiar o BEm. O FAT, atualmente, já custeia os benefícios do seguro desemprego.

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Em face da negativa do presidente na proposta apresentada pela equipe econômica, agora o ministério de Paulo Guedes precisará formular novos projetos a fim de encontrar fontes que não comprometam outros setores do país para que possa bancar o pagamento do programa. Ocorre que, com esse procedimento acaba gerando ainda mais atraso nos pagamentos e expondo milhões de brasileiros ao desemprego. De acordo com especialistas na área da economia, estima-se que, até o final do primeiro semestre de 2021, mais de 17 milhões de pessoas estarão sem trabalho, o que poderá produzir um colapso ainda maior no país.

A reedição da FAT deveria atender aos mesmos critérios do seguro desemprego, onde a redução sobre o valor original do projeto seria de apenas 10%, a partir da segunda parcela de pagamento, de acordo com a proposta apresentada ao Palácio do Planalto.

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Seguro desemprego com a reedição do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)

Tendo como referência um trabalhador que dispõe de 5 parcelas para saque do seguro desemprego e que deverá receber cerca de R$ 1,7, no primeiro mês, esse valor seria disponibilizado em sua conta integralmente, sem descontos. Entretanto, a partir do segundo mês, o valor cairia 10%, totalizando em R$ 1530, no terceiro mês, o valor sofrerá a redução de mais 10%, totalizando R$ 1,377, no quarto mês, a dedução de 10% resultaria no saque de R$ 1,239, e, por fim, no último mês, deduzindo a alíquota da reedição, ficaria em R$ 1.115.

A conta utilizada é de dedução sobre dedução, até o final do pagamento do seguro desemprego.

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Essa medida permitiria ao governo que tivesse mais fundos para custear o BEm, sem comprometer as demais áreas de atuação do governo.

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