Guedes garante 4 parcelas do auxílio emergencial

Não é segredo das pessoas que o Governo Federal se mostrava contrário quanto a prorrogação do auxílio emergencial, visto que, em decorrência do endividamento público, a situação econômica do país tem se agravado cada vez mais, especialmente com o aumento do número de óbitos ocasionados pelo novo coronavírus e a constante ameaça de fechamento do comércio e nossa adesão ao isolamento social.

No entanto, com a recente declaração do presidente Jair Bolsonaro, onde, em entrevista á TV Bandeirantes, revelou que deverão ser disponibilizadas para a população mais 4 parcelas do auxílio emergencial, agora é a vez de Paulo Guedes, atual Ministro da Economia, assumir o posicionamento das negociações a fim de que seja liberado o quanto antes o benefício aos cidadãos necessitados.

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Guedes declarou que, antes de que seja liberada mais parcelas do auxílio emergencial, é necessário que o Congresso Nacional aprove algumas medidas cautelares a fim de proteger o Governo nos assuntos de responsabilidade fiscal. Uma dessas medidas é a aprovação de um novo Orçamento de Guerra, que deve ser feita através de uma clausula de calamidade, anexada ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC), e que libera o governo das restrições de despesas dentro do orçamento anual, e o desamarra da chamada Regra de Ouro, ou, responsabilidade fiscal.

O ministro já revelou que, para que as parcelas sejam liberadas, deverão haver cortes de despesas em diversas áreas do país, assim, poderão equilibrar os gastos condicionados ao teto orçamentário.

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Origem da verba

Já foi especulado que, para bancar mais 4 parcelas do auxílio emergencial, será preciso cortar os salários dos servidores públicos, ou então, deverá ser criada mais uma taxação de imposto que o povo terá que pagar, como uma nova CPMF. No entanto, de acordo com Paulo Guedes, “não vai faltar dinheiro para o auxílio emergencial. Temos esse dinheiro. Agora, precisamos de uma PEC de Guerra que nos autorize, primeiro. E, segundo, precisa estar embutido num compromisso com responsabilidade fiscal”.

A verdade é que, foram reveladas poucas informações concretas quanto a origem exata da verba que será utilizada como fundo para o pagamento do auxílio emergencial, que poderá somar a dívida pública, se não for bem planejada, algo em torno de R$ 20 bilhões á R$ 50 bilhões. Paulo Guedes ainda não comunicou oficialmente de onde haverá o corte de gastos e qual será a origem do pagamento de mais 4 parcelas do auxílio emergencial.

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4 meses prorrogáveis

Bolsonaro se mostra contrário quanto a prorrogação do auxílio, entretanto, na proposta apresentada por Paulo Guedes ao Congresso Nacional, o auxílio emergencial deverá ser disponibilizado por mais 4 parcelas, que poderá ser prorrogável caso a pandemia ainda não tiver um fim estabelecido.

O Governo vem sofrendo pressão de todos os lados, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já revelou que, além de ter o benefício emergencial como prioridade de pauta no Senado, existe também a urgência quanto a vacinação em massa contra o novo coronavírus, já que, é em decorrência do vírus que o benefício teve origem, e, se resolverem o vírus, o país poderá ver sua economia retomada.

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Em declaração, Paulo Guedes também disse que: “Nós podemos dar dois, três até quatro meses de auxílio emergencial, enquanto observamos a evolução da doença. Se a doença voltar, nós recolocamos uma camada de proteção, mas temporária, e dentro de um protocolo que, caso a doença permaneça conosco um ano, dois anos etc., as contrapartidas já estão previamente estabelecidas. Ou nós corremos o risco de um descontrole fiscal completo”.

A aprovação de PEC depende de 359 votos

Para que a PEC seja aprovada, será necessária uma votação no Congresso, que dependerá de, no mínimo, 308 votos na Câmara dos Deputados e 58 no Senado. A partir dessa votação, o auxílio emergencial deverá ser reestabelecido através de uma regra extraordinária, pela qual, o limite de gastos anual do Governo será ampliado, e poderá ser utilizada verba extra.

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Essa clausula específica anexada a PEC é utilizada em situações de Guerra, Calamidade Pública ou Comoção Interna. Quando vigente, é permitido ao Presidente que possa exceder o limite de gastos previstos pela Comissão Mista Orçamentária (CMO).

Em 2020, a clausula de calamidade pública foi utilizada como medida emergencial para liberar o auxílio e atuar no combate ao novo coronavírus, no entanto, a clausula perdeu validade em 31 de dezembro de 2020, motivo que deu origem ao encerramento do auxílio emergencial.

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