Governo prevê prorrogação da suspensão de contrato de trabalho ou redução de jornada

BEM (foto http://www.caixa.gov.br/)

O programa que prevê a suspensão de contrato de trabalho ou a redução de jornada, em troca da manutenção do emprego será prorrogado; de acordo com informações do secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco.

De acordo com o governo, o Benefício Emergencial (BEm) preservou 11,7 milhões de postos de trabalho, durante a pandemia do novo coronavírus.

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Prorrogação do BEm

De acordo com Bianco, a suspensão de contrato deverá ser prorrogada por mais dois meses; e a redução de jornada deverá ser estendida em mais um mês.

O presidente Jair Bolsonaro deve editar, nos próximos dias, um decreto com a renovação do BEm, após sancionar a Medida Provisória 936, que criou o programa.

Como será a prorrogação do BEm?

Bianco explicou ainda que, para o trabalhador, a prorrogação não será automática. Será necessário que empregador e empregado fechem um novo acordo; além da manutenção do emprego pelo mesmo tempo do acordo.

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Atualmente, o BEm prevê a suspensão do contrato de trabalho por até dois meses e a redução de jornada por até três meses.

Com a prorrogação, os dois benefícios vigorariam por quatro meses; e dessa forma, o empregador que usar o mecanismo pelo tempo total, não poderá demitir nos quatro meses seguintes ao fim da vigência do acordo.

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De acordo com Bianco, as empresas com acordos de suspensão de contratos de dois meses prestes a encerrar poderão fechar um novo acordo, de mais um mês de redução de jornada; antes que a prorrogação perca a validade. Ainda conforme o secretário “Aquelas [empresas] com os contratos de suspensão se encerrando ainda têm um mês remanescente de redução de jornada a ser utilizada. No entanto, ainda teremos nos próximos dias o decreto de prorrogação”.

Manutenção de Empregos

O Ministério da Economia divulgou hoje, dia 29 de junho, que os acordos de redução de jornada e de suspensão de contratos haviam preservado 11.698.243 empregos até a última sexta-feira (26). O governo desembolsará R$ 17,4 bilhões para complementar a renda desses trabalhadores com uma parcela do seguro-desemprego a que teriam direito se fossem demitidos.

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O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, informou que o fechamento de acordos de suspensão de contrato caiu em relação ao início do programa, em abril. Para o secretário, isso indica reação no mercado de trabalho e que a fase mais aguda da crise econômica parece ter passado.

Caged

Em relação aos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje, dia 29 de junho, pelo Ministério da Economia, o secretário especial Bruno Bianco disse que os números de maio, que apontam o fechamento de 331,9 mil empregos com carteira assinada, representam melhora em relação a abril.

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Bianco afirmou que “é bom que se repita que qualquer emprego perdido não pode ser tido como algo positivo. Trabalhamos diariamente para que não se tenha nenhum emprego a menos. No entanto, temos que deixar claro esse fator que nos parece auspicioso, que nos dá esperança, que é a reação clara do mercado de trabalho nesse mês de maio em comparação com o mês de abril”.

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