FGTS: MP do governo federal pode reduzir pagamento do benefício aos trabalhadores

FGTS

Governo federal deve validar MP que reduz as contribuições do FGTS, por causa da permanência do novo coronavírus. O Ministério da Economia afirma ter interesse em manter a medida provisória, que altera a jornada de trabalho e salário da população, e com tal modificação o recolhimento do fundo de garantia terá diminuição.

Mudanças no FGTS

Com a justificativa de facilitar a formalização dos trabalhadores, o deputado Christino Áureo (PP-RJ), relator da proposta, tem o interesse em manter o repasse do FGTS com uma redução de 50%.

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Ele explicou que a ação objetiva reduzir as despesas das empresas, fomentando assim novas contratações durante esse período de crise. Desse modo, a redução das alíquotas do FGTS deverá variar entre 6% e 2%, a depender da fonte de renda total do contratante.

É válido ressaltar que atualmente a alíquota contabilizada por mês é de 8%, o que significa que o empregador, com base no salário ofertado ao seu empregado, repassa a porcentagem acima para garantir o saldo do fundo de garantia.

Taxações do novo FGTS com base nas receitas empresariais:

Novos benefícios em validação

Além de implementar mudanças no FGTS, a MP consolidará ainda o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e a Bolsa de Incentivo à Qualificação (BIQ). Tais programas que deverão ampliar as negociações da equipe econômica com o empresariado, de modo que garanta mais recursos e benefícios para os contratantes.

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O texto dos projetos objetivam criar uma espécie de Qualificação Produtiva (Requip), que atuará com foco na população já contempladas por ações sociais, como o Bolsa Família.

Programa Primeira Oportunidade e Reinserção

Há ainda a consolidação do Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no Emprego (Priore), destinado para pessoas entre 18 anos e 29 anos e acima de 55 anos, que estão fora do mercado de trabalho.

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De acordo com os programas, os contratados pelas modalidades acima deverão ter uma jornada de trabalho de até 22 horas, sendo as empresas obrigadas a compor 5% do quadro de funcionários, por meio dessa categoria durante o primeiro ano. No segundo ano há uma ampliação para 10% e 15% no terceiro.

Benefícios ofertados:

De acordo com o Ministério da Economia, a MP irá gerar uma despesa extra entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões com o pagamento do bônus.

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Detalhes da MP 936

A medida provisória foi consolidada em 2020 com o objetivo de minimizar os impactos do novo coronavírus no mercado de trabalho. De acordo com ela, o governo federal concedeu autorização para que os empresários reduzissem a jornada de trabalho e salário dos colaboradores.

Em contrapartida, o cidadão passou a ser beneficiado pelo BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda). Por meio dele, o ministério da economia passou a se responsabilizar sobre o custeio das parcelas descontadas no contracheque do sujeito.

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Inicialmente o projeto duraria apenas 120 dias, mas desde então ela é estendida, tendo em vista a falta de previsão para o fim da pandemia. Analistas políticos acreditam que a flexibilização das leis trabalhistas validada a partir da MP 936 perdure até 2022, sendo integrada a demais ações em elaboração pelo governo federal.

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