Empréstimo Consignado: eliminados do Bolsa Família podem parar no SPC

O empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi um dos temas mais discutidos no ano passado (2022). Ele continua a ser um problema tanto para os beneficiários do Bolsa Família quanto para o governo federal.

Apesar das suspensões e das mudanças nas regras, essa forma de crédito ainda apresenta desafios e pode prejudicar ainda mais a vida de algumas pessoas.

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Logo a seguir, confira o que aconteceu com as pessoas que foram eliminadas do programa e que solicitaram o empréstimo consignado em questão.

De acordo com os relatórios do governo federal, mais de 100 (cem) mil pessoas tiveram os seus benefícios do Bolsa Família cortados devido a cadastros ou a informações irregulares.

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Porém, ainda assim, elas haviam solicitado o empréstimo consignado do Auxílio Brasil anteriormente. Mesmo depois do corte do benefício social, essas pessoas ainda são responsáveis pelo pagamento das parcelas do empréstimo, o que coloca diversas famílias em risco de inadimplência e de inclusão nos órgãos de proteção ao crédito, como por exemplo, o Serasa e o SPC.

Até o presente momento, o novo governo federal retirou mais de 1 milhão de beneficiários do programa de transferência de renda por meio da Operação Pente Fino.

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Nesse sentido, se espera que mais cortes aconteçam ainda nesse ano de 2023, uma vez que as análises e os bloqueios continuarão a ser feitos até o mês de dezembro. Dentre os mais de 1 milhão de cortes, 104 mil pessoas haviam solicitado o crédito consignado.

No ano passado, o valor do empréstimo era descontado de forma automática do benefício do Bolsa Família, com o limite de R$ 160,00 reais por cada parcela. No entanto, com o fim do programa para esses beneficiários, as parcelas do empréstimo devem ser pagas por meio de um boleto extra, que deve ser pago pelos beneficiários, sem falta.

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Se houver algum atraso no pagamento, multas serão aplicadas e o nome do beneficiário pode ser inscrito em órgãos de proteção ao crédito, o que pode dificultar ainda mais a sua situação financeira.

Como funcionava o empréstimo do Auxílio Brasil?

Anteriormente, o beneficiário tinha acesso a um empréstimo consignado correspondente a 40% do valor médio do Auxílio Brasil, que era de R$ 400,00 reais. Com o aumento do valor para R$ 600,00 reais até o mês de dezembro de 2022, a parcela máxima do empréstimo era de aproximadamente R$ 160,00 reais.

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Além disso, o número máximo de parcelas foi limitado a 24, com uma taxa de juros máxima de 3,5%. Com essas restrições, o montante máximo disponível para os beneficiários era de cerca de R$ 2.400 a R$ 2.600.

Através de um comunicado oficial, a Caixa Econômica Federal – CEF fez o anúncio da suspensão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil no dia 12 de janeiro desse ano. A presidente Rita Serrano afirmou que as medidas para ajudar aqueles que já contrataram o empréstimo serão anunciadas ainda em 2023. No entanto, a isenção das dívidas não é possível de ser feita.

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