Como identificar uma boa ação? Veja dicas para investir

Investir em ações, hoje em dia, é uma tarefa muito fácil. O difícil é encontrar uma boa empresa para investir. Ao investir na bolsa, o futuro acionista não pode pensar que todas as empresas que estão lá são boas e vão gerar retornos interessantes. Na verdade, boas partes das empresas que lá estão não vão conseguir gerar o retorno que o investidor espera.

Observando isso, o investidor precisa analisar alguns indicadores da empresa para determinar se a mesma tem chances de continuar crescendo e continuar entregando bons resultados.

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Ao analisar os indicadores que vamos passar aqui no artigo, as chances de investir em uma boa empresa vão aumentar consideravelmente. Então, como identificar uma boa ação?

Preço da ação dividido pelo lucro por ação (P/L)

O (P/L) é um indicador muito importante na hora de estudar uma empresa. Por meio do P/L o investidor tem como determinar se uma ação está cara ou barata.

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Antes de analisar essa capacidade do indicador, vamos compreender como chegar ao número. A base de cálculo do P/L considera os valores de;

Então, se o valor da ação X, é de R$ 20,00, e o lucro líquido de cada ação é de R$ 1,00, o P/L da ação é de 20. Ou seja, o investidor que comprar as ações da empresa, agora, terá a expectativa de receber o valor investido em 20 anos.

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É claro que o fato da empresa gerar um lucro líquido equivalente a R$ 1,00 por ação, não diz que a mesma vai pagar aos seus acionistas o valor. O P/L é uma estimativa, onde o indicador mostra que, ao comprar a ação por determinado valor, o lucro líquido dela vai conseguir cobrir o valor investido (portanto, devolver o valor) em tantos anos.

Quanto menor for esse indicador, mais rápido a empresa consegue devolver os valores. Outro detalhe importante a ser mencionado; as empresas geralmente conseguem aumentar seus resultados com o passar do tempo.

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Então, o P/L de hoje, pode ser menor amanhã. Vamos supor que a empresa X conseguiu empregar um ritmo de crescimento na casa dos 10% ao ano. Sendo que os seus lucros cresceram, os mesmos 10%. Isso significa que em 12 a 13 anos, a empresa X já estaria conseguindo entregar o valor investido, daqueles que compararam a ação agora e não em 20 anos.

Por isso, o P/L é um indicador importante, mas deve ser analisado junto de outros, como é o caso das margens líquidas e margem EBITDA.

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Margem Liquida e Margem EBITDA

A margem líquida é a porcentagem que sobra das receitas líquidas depois de todas as despesas, custos e eventuais receitas que a companhia aufere ao longo do período.

Então, se a empresa acusa uma margem líquida de 10%, isso significa que, após todo o resultado da companhia, sobrou algo como R$ 10% de suas receitas. Se as receitas eram de R$ 10.000,00, por exemplo, a sobra é de R$ 1.000,00.

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Com esse valor de “sobra” daria para distribuir lucros aos acionistas, por exemplo. Quanto maior for o valor aqui, na margem líquida, mas interessante é o negócio da empresa.

Até porque, uma margem elevada, demonstra que a empresa possui boas vantagens competitivas e tem chances maiores de conseguir aumentar seus resultados (fato que pode gerar redução no P/L, por exemplo).

Já a margem EBITDA é a porcentagem que sobra das receitas após todos os descontos, menos, os valores de resultado financeiros e dos impostos sobre os lucros.

Na margem EBITDA, fica compreendido os valores operacionais da companhia. É nesse indicador que podemos ver se a firma possui uma operação rentável. Margens altas aqui simbolizam força na operação.

Endividamento

O endividamento de uma empresa pode ser calculado sobre o PL (patrimônio líquido) e os valores de dívidas.

Para chegar ao indicador de endividamento, nós pegamos as dívidas e dividimos pelo PL, por exemplo; uma empresa que possui R$ 2.000,00 em dívidas sendo que a mesma possui R$ 1.000,00 de PL, a mesma possui um endividamento de 2.

Ou seja, a empresa tem um endividamento 2 vezes maior que o seu próprio PL. Nesse indicador, o interessante é procurar por empresas que tenham um endividamento menor que 1. Quanto menor, melhor.

Ao analisar P/L, endividamento e as margens; líquida e EBITDA, o investidor terá grandes chances de conseguir escolher uma boa ação.

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