Por que o empréstimo do Bolsa Família segue suspenso? Entenda

Valores a receber

A recente controvérsia em torno da suspensão do empréstimo consignado relacionado ao Bolsa Família despertou debates intensos no cenário socioeconômico brasileiro.

As decisões e implicações envolvidas neste cenário abrangem não apenas a política pública, mas também o mercado financeiro e a vida dos beneficiários.

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Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão unânime que afetaria diversos benefícios sociais no Brasil. Foi determinada a retomada de algumas modalidades de empréstimo consignado relacionadas a esses benefícios, incluindo o tão debatido Bolsa Família.

No entanto, apesar da decisão do STF, o governo federal decidiu adotar uma postura diferente. Eles se posicionaram firmemente contra a possibilidade de se comprometer o Bolsa Família com juros de empréstimos. O ministro Wellington Dias, encarregado do Desenvolvimento Social, enfatizou que o Bolsa Família, ao retornar à sua estrutura original após a conclusão do Auxílio Brasil, não deve ser vulnerável aos juros de empréstimos.

A História do Empréstimo Consignado no Brasil

Historicamente, a questão dos empréstimos consignados tem sido um tópico de debate. Em 2022, uma lei assinada pelo então presidente Jair Bolsonaro permitiu que beneficiários de programas sociais tivessem acesso a empréstimos consignados.

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Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Seu Estado Atual

Enquanto o Bolsa Família continua suspenso em termos de empréstimo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi liberado para empréstimos consignados. Especificamente, nesta modalidade, os valores são diretamente retirados do benefício.

No entanto, existem restrições: uma parcela não pode exceder 30% do valor total do benefício, o que se traduz em R$ 396 do salário mínimo atual de R$ 1.320. Além disso, o período de reembolso é limitado a 84 meses ou 7 anos, com uma taxa máxima de juros fixada em 1,91% pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).

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O PDT entrou com uma ação contra a decisão, argumentando que poderia levar ao superendividamento da população. Esta preocupação é justificada, especialmente quando se considera o papel crítico que os benefícios sociais desempenham na vida de muitos brasileiros.

O governo federal, ao se opor à utilização do Bolsa Família para empréstimos consignados, também reconheceu que esses valores são essenciais para as necessidades básicas, como a alimentação.

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