Caixa abre mão do empréstimo consignado Auxílio Brasil/Bolsa Família

A Caixa Econômica Federal (CEF) não vai aderir às novas regras do empréstimo consignado para o Auxílio Brasil/Bolsa Família. Quem deu a informação foi a própria presidente do banco público, Rita Serrano. O atual governo Lula fixou em 5%, o limite para o desconto mensal no benefício das famílias para o pagamento dos empréstimos consignados. Além disso, o novo governo também reduziu o número máximo de prestações, assim como a taxa de juros.

Em uma entrevista para o jornal Valor Econômico, a atual presidente da Caixa disse o seguinte: “Com as novas regras, a operação não se paga. Além disso, esse produto teve um cunho eleitoral. A Caixa foi o banco que mais ofertou crédito, com R$ 7,6 bilhões de reais. É uma excrescência. Não posso ofertar crédito em cima de um auxílio que é para uma pessoa se alimentar. Na minha opinião, isso tem que ser anulado”.

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Quando o benefício social começou a ser ofertado, no mês de outubro de 2022, já em período de eleições presidenciais, a Caixa Econômica Federal passou a oferecer o crédito consignado do Auxílio Brasil com uma taxa de juros de 3,45% ao mês. A dívida poderia ser dividida em 24 meses, com uma prestação máxima correspondente a 40% do valor do benefício mensal.

Bolsa Família 2023

Empréstimo Consignado

NovaS Regras

Com as novas regras, que foram publicadas no começo desse mês, o número máximo de parcelas não pode ser superior a 6 (seis), e os valores das prestações não podem ser maior do que 5% do total do Auxílio Brasil. A taxa de juros deve ser de até 2,5% ao mês.

As novas regras são válidas somente para os beneficiários que, até a data da publicação da portaria, que foi publicada no dia 9 de fevereiro de 2023, não tenham contratado o empréstimo consignado.

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De acordo com a presidente da Caixa, Rita Serrano, o banco estatal já avalia que haverá alguma inadimplência com a saída dos beneficiários do programa por meio do processo de revisão que o governo fará no Cadastro Único (CadÚnico). Nas palavras dela: “A depender da revisão do cadastro, haverá alguma inadimplência, mas no cálculo dos juros, isso já foi avaliado”, declarou.

Sobre a concessão de crédito, a presidente Rita Serrano disse que a prioridade será dada para as micro e pequenas empresas. “A grande empresa tem opções de crédito fora da Caixa. O pequeno e o médio empresário já têm opções mais restritas”, completou ela.

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